O candidato à Presidência pelo MDB, Henrique Meirelles, evitou, na noite desta quarta, em entrevista à Record TV, responder se em um eventual governo pode conceder indulto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde 7 de abril em Curitiba. “Sou contra a politização da Justiça”, afirmou o emedebista. Questionado mais uma vez, Meirelles afirmou que essa é uma decisão do Congresso.
O emedebista se esquivou também de comentar denúncias de corrupção contra membros do MDB. “É a mesma situação de diversos partidos”, afirmou. Meirelles manteve a linha de discurso e defendeu as passagens que teve pelo governo: à frente do Banco Central nos dois mandatos de Lula e do Ministério da Fazenda na gestão de Michel Temer. Ele disse ainda que defende todas as reformas e medidas tomadas pelo governo atual.
Na abertura da entrevista, o candidato do MDB reconheceu: “muitos não me conhecem”. “Eu nunca fui político. Eu não acho que o Brasil se divide entre os que gostam de Lula e os que gostam de Temer. Eu acho que o Brasil é dividido entre os que trabalham quando o País precisa e os que não trabalham”, afirmou.
O candidato sugeriu a ampliação da alíquota do Imposto de Renda de pessoas físicas e a instituição de uma faixa para cobrança sobre dividendos. Especificamente sobre o aumento da alíquota de IR, Meirelles disse que isso é “mais eficiente que um imposto fixo” e afirmou ser contrário à criação de outro tributo. “Nós vamos estudar, temos estudos técnicos, vamos aperfeiçoar o sistema.” O emedebista sinalizou ainda que, se for eleito, pode diminuir o imposto sobre os resultados das empresas.
*Com informações do jornal O Estado de S.Paulo