Na reta final das convenções nacionais, os partidos políticos confirmaram sete candidatos a presidente da República, e mais oito nomes devem ser aprovados neste sábado. A escolha dos candidatos à vice-presidência ainda mobiliza os esforços das principais legendas: só cinco chapas haviam sido completas até a tarde desta sexta-feira.
O PSOL e o PSTU formalizaram tanto os candidatos a presidente como a vice. A Rede, o PSDB e o Pode escolheram os nomes para os dois cargos, mas fazem convenção nacional amanhã para oficializar a decisão.
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB, anunciou que vai ter como companheira de chapa a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), que pretendia disputar a reeleição. Na nota publicada no portal do PSDB, Alckmin destacou a importância da presença feminina no cenário político nacional.
A definição da chapa do Pode tirou da disputa presidencial o economista Paulo Rabello de Castro (PSC), que já havia sido aprovado na convenção nacional, no último dia 20 de julho. No início da semana, a cúpula dos dois partidos fechou uma aliança, e Rabello vai ser o candidato a vice do senador paranaense Álvaro Dias.
A Rede acertou uma coligação com o PV. A candidata Marina Silva vai ter como vice o ex-deputado Eduardo Jorge, que disputou a eleição presidencial de 2014. O presidente nacional do PV, José Luiz Penna, disse que a prioridade do partido é eleger deputados federais, mas destacou a identidade ideológica entre as duas siglas.
O PSOL e o PSTU saíram das convenções nacionais com a chapa completa. O PSOL vai disputar a eleição presidencial com Guilherme Boulos e Sonia Guajajara, em uma aliança com o PCB. Já o PSTU lançou uma chapa puro-sangue: Vera Lúcia e Hertz Dias.
O MDB confirmou ontem a candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles a presidente da República. Após a convenção do MDB, Meirelles disse ter preferência por uma mulher na composição da chapa. A direção do partido negocia com a senadora Marta Suplicy (MDB-SP).
Na última quarta-feira, o PCdoB aprovou a candidatura de Manuela D’Ávila à Presidência da República, mas a deputada estadual gaúcha é o nome desejado pelo PT para compor a chapa na corrida presidencial. O PT se reúne em São Paulo, neste sábado. A tendência é que o partido formalize a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde abril.
Cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se Lula pode ou não concorrer. O julgamento deve ocorrer antes do dia 15 deste mês, prazo final para registrar as candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Para amanhã está marcada também a convenção do Novo, que deve formalizar a candidatura de João Amoêdo a presidente da República.
O Patri também se reúne amanhã e, segundo nota publicada no portal do partido, entre os pré-candidatos, prevalece o nome do deputado federal Cabo Daciolo (RJ). O PSB, o PRTB e o PPL fazem convenção nacional no domingo, mas somente os dois últimos devem lançar candidatos a presidente – Levy Fidelix e João Vicente Goulart, respectivamente.