A possível troca de comando da Guarda Municipal teria sido o motivo do pedido de demissão do ex-secretário da Segurança de Porto Alegre, coronel da Brigada Militar Kleber Senisse. Em nota oficial, publicada na manhã desta quinta-feira, a prefeitura da Capital reconheceu a “dedicação e empenho” de Senisse. Ele pediu demissão na noite dessa quarta-feira durante reunião com o prefeito Nelson Marchezan Júnior.
Um servidor da Pasta da Segurança, que não quis se identificar, disse à Radio Guaíba que a demissão de Senisse foi um “somatório” de acontecimentos que desagradaram o coronel. Segundo essa fonte, entre os últimos fatos que antecederam a demissão, Marchezan queria alterar o comando da Guarda Municipal de Porto Alegre, mas Senisse não aceitou a mudança. A Guarda é vinculada à Secretaria da Segurança.
O coronel ficou um ano e cinco meses à frente da Secretaria e é a 22ª baixa do governo Marchezan, que assumiu a prefeitura em janeiro de 2017. Apesar de não informarem oficialmente, a maioria das baixas do governo ocorreu devido ao temperamento do prefeito.
Ao oficializar o pedido de demissão, Senisse descartou qualquer desentendimento com o prefeito e alegou motivos particulares para sua saída da Secretaria. “Não tive desavença com o prefeito. Ocorre que tenho uma situação de foro íntimo. Estou precisando resolver alguns problemas e não teria como manter o mesmo ritmo de trabalho”, explicou.
Confira a íntegra da nota da Prefeitura
“A Prefeitura Municipal de Porto Alegre confirma o pedido de demissão do secretário de Segurança, coronel Kleber Senisse, nessa quarta-feira,1º. O prefeito Nelson Marchezan Júnior aceitou.
O chefe do Executivo municipal reconhece a dedicação e o empenho do secretário nos projetos de Segurança do governo, especialmente na valorização da Guarda Municipal. Também destaca a capacidade de integração do secretário com todos os órgãos de segurança municipais, estaduais e federais, cumprindo as diretrizes desta gestão.
Por fim, o prefeito agradece a convivência sempre respeitosa e profissional nesses 19 meses de governo.”