Ainda sem aval da Vigilância Sanitária, Beneficência Portuguesa adia reabertura na Capital

Hospital espera abrir 67 leitos privados e de convênio ainda em agosto

Foto: Alina Souza/CP

A reabertura de parte dos setores do Hospital Beneficência Portuguesa, prevista para hoje, no Centro de Porto Alegre, teve de ser adiada. Conforme a Associação Beneficência São Miguel (ABSM), nova gestora do espaço, ainda resta em aberto a vistoria da vigilância sanitária para que sejam abertas duas alas com as obras já entregues. Foram finalizados os espaços com 22 leitos de internação, no 4º piso, e o pronto-socorro. “Dependemos apenas do aval da Vigilância Sanitária, e um pedido de agilidade já foi feito”, disse o diretor executivo da ABSM, Ricardo Pigatto.

O terceiro andar da instituição segue com obras em andamento, inviabilizando a reinauguração das unidades no começo do mês, como se previa. Nesse local, vão funcionar centros de internação e de materiais esterilizados, bloco cirúrgico, salas de recuperação e UTI.

No total, o hospital espera abrir 67 leitos privados e de convênio ainda em agosto. Já a retomada dos atendimentos pelo SUS depende de acordos com a Prefeitura, com quem a instituição guarda dívidas referentes à gestão passada. “Temos um plano para apresentar à Prefeitura, para pagar o que o Beneficência deve, e acreditamos que depois disso retomaremos também os contratos para os leitos SUS”, disse Pigatto.

O grupo da Serra gaúcha passou a arrendar todo o espaço físico do Beneficência e a assumir todo o passivo. A instituição vinha acumulando cerca de R$ 100 milhões em dívidas e, sem conseguir pagar os funcionários, só não havia fechada porque mantinha internados apenas dois pacientes. Depois de um prazo inicial de cinco anos, se a nova administradora mostrar êxito na gestão, passa a se responsabilizar também pelos ativos do hospital.