É unânime que a atuação do Grêmio na derrota para o Vasco, em São Januário, foi decepcionante. A discussão está nos motivos que fizeram o time jogar tão mal.
DESFALQUES?
As ausências foram Maicon e Bruno Cortêz. Maicon é peça fundamental, dá dinâmica e sobriedade ao meio-campo gremista. Cortêz, mesmo mediano, representa uma superioridade oceânica em relação a Marcelo Oliveira, que outra vez se mostrou inábil. E parem de considerar Arthur um desfalque. Não é. É ex-atleta do clube. Mesmo ótimo, não entra em lista de ausência.
ADVERSÁRIO FORTE?
O Vasco está entre as defesas mais vazadas do país. Sofre gols de todas as maneiras. E o Grêmio, de jogadas óbvias e pouca inspiração, transformou essa barreira esburacada numa fortaleza. Convenhamos que a hipótese de considerarmos o Vasco uma enorme potência está descartada.
VONTADE DE GANHAR
Renato disse, na entrevista coletiva, que o Vasco entrou com “vontade de ganhar”. É uma frase pronta, quase escrachada. Todos têm essa vontade, ora bolas. A pergunta é: por que o Vasco a demonstrou mais do que o Grêmio? Jogadores do time gaúcho entraram em campo achando que ganhariam o jogo ao natural? Renato deixou bem claro: ele acha que sim.
INDIVIDUALIDADES
Com o time bagunçado, os jogadores rendem menos. É natural. Ramiro, que é inteligente e útil, fez contra o Vasco possivelmente sua pior partida desde que chegou ao Grêmio. Luan foi apavorante. André, nulo. Marcelo Oliveira, inqualificável. Jael, frívolo. Marinho e Éverton tentaram, buscaram o drible, mas a tomada de decisão de ambos realmente deixou a desejar.
JOGO PARA LEMBRAR
Depois do jogo, Renato foi lúcido ao dizer que o jogo contra o Vasco não é para esquecer. Ao contrário, é para ser lembrado. E vou além: é um exemplo definitivo de tudo aquilo que o Grêmio não pode, jamais, voltar a fazer. Não esqueçamos que o instável Vasco teve um jogador a menos durante dois terços do jogo. E ainda assim, o Grêmio sequer um empate mereceu.