Vi tudo e não vi nada!
Saibam que o Departamento de Polícia de Troy, no estado americano de Michigan, elegeu um “gato policial” e, agora, por questões de saúde do felino, teve que trocar seu agente, então, a gatinha Donut assumiu o posto, com funções de trabalhar como animal terapeuta e fazer aparições públicas em eventos do departamento.
Em São Petersburgo, no Museu Hermitage, um dos muitos gatos que habitam o lugar, que foi o antigo Palácio Imperial de Inverno, previu corretamente os resultados durante os jogos da Copa das Confederações, em 2017. O gato Achilles está sendo apontado como o “gato vidente” que promete prever os resultados da Copa do Mundo da Rússia, mas com um detalhe: o felino é surdo e isso nos garante que ele não vai ser distraído pelos jornalistas ao fazer suas “previsões”, escolhendo entre duas tigelas de comida, cada uma representando um time.
Já em Rhode Island (Estados Unidos), numa clínica geriátrica, vive o tranquilo e peludo Oscar que tem o hábito de passear de quarto em quarto, observando e cheirando com cuidado cada paciente do lugar. Vez por outra ele se chega mais a um dos idosos visitados.
Vai, então, com delicadeza, enquanto ronrona, roçando com o focinho no escolhido. É sinal de que aquela pessoa está prestes a morrer. O gato se instala e permanece ali até que a pessoa dê o último suspiro.
Eu, por minha vez, já que possuo sete gatinhos, gostaria de chamar a atenção e destacar a força das energias sutis que a antena sensível de todos os gatos é capaz de captar. Não dá para não concordar com Shakespeare, há mesmo muitas coisas entre o Céu e a Terra.
Ananda Müller, que é gateira que nem eu, sabe o quanto eles são personais, são eles que nos escolhem e realmente possuem uma sensibilidade foram do comum. Desde a antiguidade, os povos egípcios os adoravam atribuindo a uma deusa felina o poder de unir o céu e a terra, representados pelos deuses Ísis e Osíris.
Escritores se identificam com os gatos, porque, como eles, esses felinos são introspectivos e amigos do silêncio. Charles Baudelaire adorava gatos e a eles dedicou famosos poemas e muitas horas de contemplação, sendo criticado por lhes dar mais atenção do que à sua família. Edgar Allan Poe, considerado um dos contistas mais admirados na literatura universal, escreveu “O Gato Preto”, em que mostra a dualidade no homem: afetividade e perversidade.
A conhecida lenda de Charles Perrault, o “Gato de Botas”, é a herança recebida pelo filho mais novo de um moleiro, o qual, inicialmente decepcionado, irá perceber que um amigo leal e espirituoso vale muito mais do que as riquezas que poderia ter recebido. Lewis Carrol eternizou o gato Cheshire numa personagem sorridente e filosófica que dialoga com Alice no País das Maravilhas, enquanto some e reaparece. É através dele que a menina consegue compreender um pouco do que acontece com ela.
Lá na Estância do Planalto, tá assim de graxaim, mas o que impera mesmo por lá é um baita gatil… isto é, uma criação de gatos que se aquerenciaram também por Curitiba… desmerecendo a raça, porque esses são daqueles que metem a mão fundo no que é nosso, roubam até comida da mesa dos outros, entre outras cositas más.
Pois não é que inventaram até um Bolão… tipo “O Gato da Copa”… na liderança, o inabalável zagueiro espanhol Gerard Piqué; logo atrás, o croata Duje Çaleta-Car; e, em terceiro, o nosso goleiro Alisson! Eu já prefiro ficar com a escolha dos nomes mais bizarros desta Copa cujos gatinhos são:
GOTOKU SAKAI
SHINGI KAGAWA
YUIA OSAKO
TOMOAKI MAKINO
E tenho dito! Arigatô. Saionara! Realmente vi tudo e não vi nada!