Mais de um terço das capitais brasileiras aparecem na lista dos 500 municípios mais desenvolvidos do País, segundo estatísticas de saúde, educação, emprego e renda. A informação aparece no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2018, divulgado hoje pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. Com índice de 0,7804, considerado moderado, Porto Alegre ficou fora da lista das dez capitais mais desenvolvidas, aparecendo em 12º nesse ranking; na posição 119 entre as cidades gaúchas, e na de número 659 no levantamento nacional. Em 2015, Porto Alegre era a décima entre as capitais; a 85ª no ranking estadual e a de número 583 na pesquisa nacional.
O cálculo é feito com base em dados de 2016, a partir de indicadores sociais em 5.471 municípios, onde vive 99,5% da população brasileira. Para compor o IFDM, que voltou a subir após três anos de queda, a Firjan leva em conta dados oficiais sobre saúde e educação básicas, como número de matrículas escolares e mortalidade infantil, além das taxas de emprego e renda média dos trabalhadores. Os dados completos podem ser conferidos na página da Firjan na internet.
As 10 capitais mais bem posicionadas no ranking estão distribuídas entre as cinco regiões do Brasil. Florianópolis, que registrou alto índice de desenvolvimento, com 0,8584 ponto, mantém a liderança e ocupa o 47º lugar geral. Em seguida, aparece Curitiba (0,8378), que ultrapassou São Paulo (0,8352) na segunda colocação, em relação ao levantamento anterior, com base em dados de 2015. No quadro geral, as capitais paulista e do Paraná ocuparam, respectivamente, a 137ª e 74ª posições, respectivamente.
Na sequência, aparecem Teresina e Cuiabá. Entre as capitais, foram as que mais subiram posições na comparação com o levantamento anterior. A capital do Piauí, única do Nordeste entre as 10 mais desenvolvidas, pulou de 12ª para a 4ª colocação. A capital mato-grossense foi da 9ª para a 5ª posição.
“Muitas capitais por serem centro industriais, perderam muitos postos de trabalho e baixaram o desempenho na vertente emprego e renda. Já outras cidades um pouco menores, como Teresina e Cuiabá, conseguiram bons rendimentos nesse indicador”, aponta o economista Jonathas Goulart, da Divisão de Estudos Econômicos da Firjan.
As outras cinco capitais mais bem colocadas no levantamento são: Vitória, Belo Horizonte, Goiânia, Campo Grande e Palmas, a única representante da região Norte na lista.
Brasília ficou fora da lista das 10 capitais mais desenvolvidas ao cair três posições – do 10º lugar em 2015 (0,8001) para o 13º (0,7799) em 2016.
Na parte de baixo da lista de desenvolvimento das capitais aparecem Macapá (0,6446), seguida de Belém e Maceió, empatadas com 0,6918, índice considerado regular.
Pontuação semelhante obtiveram Manaus, Porto Velho e Aracaju, todas também com desempenho regular.
Apesar disso, nenhuma capital de estado registra desenvolvimento considerado baixo, o que as deixa acima de pelo menos 2 mil municípios com resultados piores.
Quando se compara o quadro atual com os dados do período pré-crise, em 2013, a capital que mais perdeu posições no ranking foi o Rio de Janeiro, que saiu da 5ª para a 11ª posição em apenas três anos. Recife também sentiu uma forte queda no mesmo período, passando da 13ª para a 18ª colocação. Em ambos os casos, a queda no índice de emprego e renda foi o fator mais determinante para o recuo.