Toxoplasmose: após declaração de ministro, Corsan reitera qualidade da água em Santa Maria

Gilberto Occhi disse ontem, em entrevista, que surto teve como origem líquido contaminado

Imagem: Reprodução Corsan

Um dia após o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, declarar à imprensa que o surto de toxoplasmose em Santa Maria teve como origem a água contaminada, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) reiterou a qualidade do líquido distribuído à população.

De acordo com o diretor de operações da Corsan, Eduardo Carvalho, a estatal recebeu com surpresa a afirmação do ministro porque acompanha, desde o início, o trabalho das equipes de saúde e dos técnicos que fazem a análise da água, e porque até o momento os resultados deram negativo para a presença do protozoário. “Em abril e início de maio fizemos novas coletas de amostras de diversos pontos da cidade, inclusive das barragens, e todas elas deram negativo para o teste de DNA do Toxoplasma gondii“, relembra.

Carvalho também descartou mudanças em procedimentos ou medidas extras após a declaração do ministro. O diretor fala que a Companhia trabalha com todos os procedimentos padrões exigidos pelo Ministério da Saúde e que não vai alterar o calendário de limpeza da rede.

Na tarde de ontem, o prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom, disse, em entrevista à Rádio Guaíba, que o ministro deu um “bofetão na cara” da cidade ao ter indicado a suposta causa sem, antes, informar um representante da Prefeitura em primeira mão. Além disso, Pozzobom chamou de irresponsável a atitude de Occhi.

À tarde, o Ministério minimizou a fala de Occhi dizendo que a contaminação pela água é uma das hipóteses ainda sob investigação, mas reiterando que outras possibilidades já foram descartadas, como, por exemplo, a contaminação por consumo de frutas, carne suína, frango e carne bovina.

A Secretaria Estadual da Saúde, ainda ontem, também por meio de nota, salientou que os resultados de todas as análises realizadas até o momento deram negativo para a presença do protozoário, mas reiterou a necessidade de se manterem as medidas preventivas de contágio.