Em assembleia na noite desta segunda-feira, o Sindicato dos Municipários (Simpa) decidiu por encerrar a greve, iniciada na manhã de hoje. A suspensão da paralisação é temporária e pode ser retomada quando as propostas que atingem a categoria estiverem em votação. “Nós não aceitamos e não aceitaremos que os vereadores aprovem os projetos do prefeito Marchezan retirando direitos da categoria”, disse o diretor geral do Simpa, Alberto Terres.
O Sindicato reclama de dificuldades de diálogo e debate por parte da administração da Capital. “Os projetos foram elaborados sem a participação dos técnicos da Prefeitura e encaminhados à Câmara sem o mínimo de debate”, reclamou Terres. O prefeito da Capital, Nelson Marchezan Júnior (PSDB) encaminhou um pacote solicitando a urgência em 16 textos, para que sejam discutidos em até, no máximo, um mês e meio. Entre eles, o que muda a data de pagamento de salários e do 13º.
Os municipários lotaram as galerias da Câmara Municipal de Porto Alegre hoje, mas a votação dos projetos encaminhados que envolvem o funcionalismo vai ficar para depois do recesso do Legislativo, que abre dentro de oito sessões. Das 16 propostas enviadas pelo Executivo, nove são referentes aos servidores.
Hoje, Marchezan teve a primeira derrota em meio à votação do pacote de projetos encaminhados em regime de urgência ao Legislativo. Por 25 votos a seis, a Câmara aprovou emenda do vereador Ricardo Gomes (PP) ajustando um projeto do Executivo em torno do texto que revisa benefícios fiscais a fim de adaptar a legislação de Porto Alegre ao que estabelece a Lei Federal do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).