A Polícia Civil recolheu, até o momento, 7.765 pontos de LSD no Rio Grande do Sul, em 2018. O flagrante mais recente ocorreu nessa manhã no bairro IAPI, em Porto Alegre. A equipe do delegado Maurício Barison interceptou a entrega de cerca de 200 pontos da droga, suficientes para produzirem em torno de 800 microdoses.
No comparativo com o ano passado, quando os agentes apreenderam 8.630 pontos do entorpecente, pode-se dizer que, em cinco meses, o volume recolhido em 2018 atinge 90% do total do ano passado. Nos anos anteriores, o Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) havia apreendido 5.159 pontos da droga sintética, em 2015, e 5.891, em 2016.
O entorpecente encontrado hoje havia sido abandonado por dois criminosos em uma moto, que fugiram ao pressentirem a abordagem. Apesar da perseguição, a dupla conseguiu escapar. O diretor de investigações do Denarc, delegado Mário Souza, observou que a droga apreendida tinha estampas variadas, incluindo uma que exibia desenhos estilizados de posições sexuais entre duas pessoas.
Usado na era hippie dos anos 1960, o LSD retornou à moda desde a década de 1990, entre os frequentadores de festas rave de música eletrônica, profissionais do meio digital e universitários, por exemplo. O LSD é consumido em microdoses, inclusive com a justificativa não comprovada cientificamente de aumentar o foco, a criatividade e a produtividade, mas sem levar em conta os efeitos nocivos como quadros de depressão, psicose, alucinações e ansiedade aguda, além da morte.
