O bloqueio de parte das ruas Riachuelo e Marechal Floriano Peixoto, no Centro Histórico de Porto Alegre, virou alvo de reclamação de comerciantes próximos. Uma ordem judicial obriga a interdição imediata, em vigor desde 26 de maio, do trecho onde um prédio centenário, conhecido como Casa Azul, corre risco de desabar. O relato de Franklin Silveira Vieira, proprietário de um estacionamento próximo, dá conta de que o movimento despencou em 90% desde que a medida foi implantada.
O comerciante explica que o fluxo principal do local onde fica o estacionamento – entre a Borges de Medeiros e o Largo João Amorim de Albuquerque – era o do sentido Santa Casa/Centro, desviado agora para a João Pessoa. “O nosso fluxo foi cortado em 100%. A gente tá só com o fluxo de quem vem da Borges”, disse Vieira.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) alterou o sentido da Marechal Floriano, entre a Jerônimo Coelho e a Riachuelo, para facilitar o escoamento do fluxo que desce para o outro lado da Borges de Medeiros. A sugestão dos comerciantes é também inverter o sentido da Jerônimo Coelho, obrigando os motoristas que vêm da Santa Casa a descerem pela via até a Marechal Floriano – que já teve a mão invertida – para, então, voltarem à Riachuelo.
O diretor de operações da EPTC, Fábio Berwanger, reconheceu que os transtornos existem e garantiu que a empresa avalia a situação diariamente. Sobre a sugestão dos comerciantes, Berwanger disse que a alternativa é estudada. “É bem viável, aliás. Nós vamos também implantar uma sinalização para melhorar a questão dos desvios. Estamos elaborando essa sinalização”, comentou, ao admitir que, até o momento, a orientação dos condutores fica a cargo, apenas, dos agentes de trânsito.