A Companhia Carris Porto-Alegrense (Carris) apresentou balanço apontando redução do prejuízo da empresa, em R$ 31 milhões, no comparativo com o ano anterior. O número corresponde a um prejuízo 41,8% menor que o apresentado em 2016, o que reduziu a necessidade de aportes da Prefeitura de Porto Alegre, acionista majoritária da Companhia. Em 2017, a Carris fechou deficitária em R$ 43 milhões. No ano anterior, foram R$ 74 milhões em prejuízo.
Em nota, a Carris sustenta que a implantação de um novo modelo de gestão pela direção da Companhia, com ações de controle e redução de custos e despesas, impulsionou o resultado. Os números foram divulgados pela Carris ainda no fim de maio, dentro das Demonstrações Financeiras de 2017. O estudo mostra que, mesmo com a queda de receita causada pela diminuição do número de passageiros do transporte coletivo, a empresa reduziu a fatia de prejuízo. O balanço também projeta que o reequilíbrio é possível em
2019.
Em maio, o Ministério Público e a Brigada Militar cumpriram mandados de busca e apreensão e sequestro de bens contra um ex-funcionário da Companhia suspeito de se passar por pessoa morta para desviar mais de R$ 1,7 milhão da empresa.
No fim de 2017, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), declarou, em entrevista à Rádio Guaíba, que a Carris, como empresa pública, “está com os dias contados”. Marchezan reafirmou que o Executivo busca uma alternativa fora da gestão municipal à companhia de ônibus, que consome, em média, “R$ 60 milhões por ano”.
Veja o tamanho do prejuízo da Carris, ano a ano:
