Pesquisa mostra que Facebook perde usuários para outras redes nos EUA

YouTube, Instagram e Snapchat ganharam mais adeptos desde 2015

O Facebook perdeu a preferência entre jovens, sendo ultrapassado por YouTube, Instagram e Snapchat. A conclusão é de uma pesquisa divulgada nesta semana pelo Centro de Pesquisas em Internet e Sociedade Pew Research Center, grupo de investigação sediado nos Estados Unidos e famoso internacionalmente.

O levantamento ouviu 743 adolescentes entre 13 e 17 aos e mais de mil pais norte-americanos entre março de abril. Os dados são uma indicação mas não refletem a situação de outros países do mundo, muitos com índices de acesso à internet e a redes sociais diferentes dos EUA.

De acordo com o estudo, o YouTube é a plataforma mais popular, usada por 85% dos entrevistados, à frente do Instagram (72%), Snapchat (69%), Facebook (51%) e Twitter (32%). Entre quem usa frequentemente, o Snapchat assume a liderança (35%), seguido pelo YouTube (32%), Instagram (15%) e Facebook (10%).

Na edição anterior da pesquisa, realizada em 2015, o Facebook foi a plataforma preferida dos adolescentes, sendo acessada por 71% deles. Na sequência, vinham Instagram (52%), Snapchat (41%) e Twitter (32%). Nessa rodada, o YouTube não era citado no questionário.

Efeito das redes sociais

Quanto ao efeito das redes sociais, a divisão é equilibrada. Dos participantes do levantamento, 31% as classificaram como positiva, 24% como negativa e 45% tiveram uma postura mais neutra, comentando que não veem impactos predominantes.

Entre os que veem positivamente a presença das redes sociais, a maioria cita a conexão com amigos e com membros da família (40%), seguida pela facilidade na busca de informações (16%) e a interação com pessoas com interesses semelhantes (15%).

Os mais pessimistas sobre essas plataformas dizem que os principais problemas são o bullying e a difusão de rumores (27%), os relacionamentos prejudiciais e a falta de contato humano (17%) e a produção não realista de imagem das pessoas sobre a própria vida (15%).

Conexão constante

O levantamento também procurou entender os hábitos online dos adolescentes. Entre os entrevistados, 95% disseram possuir um smartphone e quase metade (45%) afirmou estar conectado praticamente durante todo o tempo.