Em entrevista à Rádio Guaíba, a titular da 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ªDPHPP), delegada Roberta Bertoldo, confirmou na tarde de hoje que a Justiça determinou a soltura do suspeito de ter matado a companheira Débora Forcolén, de 19 anos, na tarde de ontem, no bairro Vila Farrapos, em Porto Alegre.
De acordo com a delegada, a 2ª DPHPP ainda não havia sido informada sobre as motivações da decisão, que liberou o comerciante Marcelo de Oliveira Bueno, de 37 anos. O comerciante havia sido preso em flagrante, após o crime, por homicídio culposo (quando não existe intenção de matar) e porte ilegal de arma de fogo.
Conforme a versão do comerciante, ele disparou acidentalmente contra ela ao retirar o carregador da pistola e manusear o equipamento próximo da vítima, deitada no sofá da residência em que o casal vivia.
Os policiais civis já apuraram que o comerciante tinha histórico de violência doméstica contra outra mulher, com inquéritos instaurados para investigar ameaça e lesão corporal. Além disso, a delegada afirmou que, segundo familiares, Débora sofria violência há algum tempo, mas que nunca registrou boletim de ocorrência contra Bueno. A jovem deixou um filho de um ano, fruto de outro relacionamento.
Crime
Débora Forcolén morreu na hora, dentro do apartamento, que fica na rua Jayme Topolar. A arma – que não tinha registro – foi apreendida. Um vizinho contou à Polícia que o comerciante saiu para fora aos gritos em busca de ajuda. Os dois filhos do acusado, de seis e de oito anos, presenciaram a situação. No perfil da vítima no Facebook, familiares e amigos culparam o comerciante e pediram justiça.
