BM vai escoltar veículos com produtos essenciais à população

Com gabinete de crise, governo espera sensibilizar motoristas para a passagem de carregamentos prioritários

Gabinete de crise do governo do RS funciona na SSP | Foto: Mauro Schaefer

O governo do Estado anunciou neste sábado a criação de um gabinete de crise para minimizar os efeitos causados pela greve dos caminhoneiros no Estado. O grupo garantiu ainda que a Brigada Militar deverá escoltar veículos com cargas essenciais, como medicamentos, insumos para tratamento de água, combustível para viaturas de emergência e transportes públicos e alimentos para presídios e hospitais.

Uma sala localizada na sede da Secretaria de Segurança Pública servirá como QG para o monitoramento da situação no estado. Conforme o coordenador da Defesa Civil estadual, coronel Alexandre Martins, a ideia é sensibilizar caminhoneiros para que eles permitam a passagem de carregamentos considerados prioritárias. “Vamos avaliar como buscar um caminhão que tenha carga prioritária. A nossa ideia é colocar um adesivo para identificá-lo”, ressalta.

Martins também garantiu que o gabinete já tem uma lista com policias habilitados a dirigir veículos pesados. “Se for necessário, vamos buscar outras alternativas, que a gente já tem uma levantamento, mas acreditamos que nosso efetivo será suficiente para fazer o transporte. A gente conta com as empresas utilizem seus próprios motoristas. E a BM, no máximo, vai utilizar efetivo para fazer acompanhamento do transporte dessas cargas”, destaca.

O vice-governador José Paulo Cairoli, coordenador do gabinete de crise, reconheceu a legitimidade do movimento dos caminhoneiros, mas refutou qualquer responsabilidade do Palácio Piratini. “Não queremos resolver um problema que não é nosso”, afirmo. Cairoli reiterou que o Estado precisa minimizar os efeitos da paralisação. O vice-governador explicou que as escoltas – iniciadas neste sábado – serão reforçadas no domingo.

“Existem casos em que faltam produtos para tratamentos como hemodiálise, falta soro em diversas localidades do nosso Estado. Isso já foi identificado na reunião que tivemos hoje à tarde. Também temos problemas de abastecimento de ração para a avicultura, que também nos preocupa, além do transporte de passageiros, com a garantia da possibilidade de ir e vir, que é dever do estado”, observou.