PRF garante desbloqueio de estradas gaúchas, mas sem discurso de “guerra”

Entre os pontos considerados chave para desobstrução, comandante elencou a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, e a Ponte do Guaíba, por exemplo

Superintendente da PRF, João Francisco de Oliveira. Foto: Rádio Guaíba

Após reunião da cúpula dos órgãos de segurança do Rio Grande do Sul, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou, na tarde de hoje, que vai atuar, em conjunto com os demais agentes, para desbloquear qualquer rodovia obstruída pelo movimento.

Conforme o superintendente da PRF, João Francisco de Oliveira, se houver interrupção, o uso da força vai ser aplicado. “Nós não estamos fazendo um discurso de guerra. Nós temos cidadãos fazendo sua manifestação, da forma que entendem como adequada, e nos casos em que houver ilegalidade nós vamos utilizar o exercício, que é legítimo do uso da força pelo estado, com E maiúsculo. Então, neste aspecto o uso da força pela PRF, quando e se precisar acontecer, vai ser usado com uso de técnica evitando o confronto”, assegurou.

Já os trabalhadores que permanecerem em acostamentos ou às margens das rodovias sem atrapalharem a trafegabilidade das estradas não serão abordados pelo efetivo. “Estar pacificamente às margens da rodovia não configura obstrução, os que estão bloqueando serão alvos do uso da força”, frisou Oliveira.

Em caso de bloqueio ou confronto, os caminhoneiros serão presos, completou. Desde a segunda-feira, quando se iniciaram as manifestações, cinco pessoas já foram presas por apedrejar caminhões ou colocar fogo em pneus sobre rodovia.

Além disso, a PRF confirmou que os caminhoneiros que quiserem voltar a trafegar nas estradas gaúchas receberão apoio dos agentes de segurança, para evitar confronto entre os próprios condutores.

Entre os pontos considerados chave para desobstrução, a PRF elencou a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, e a Ponte do Guaíba, por exemplo.

Caso haja bloqueios em rodovias estaduais, agentes da PRF poderão prestar apoio aos policiais militares. A medida inversa também vale para obstruções na malha rodoviária federal. O Ministério da Defesa autorizou, ainda, o reforço das Forças Armadas aos órgãos de segurança do Brasil.

A PRF reforça que vêm realizando a escolta de cargas para áreas pontuais como aeroportos, hospitais e empresas de abastecimento de água. O objetivo é garantir o abastecimento de locais imprescindíveis ao cidadão.

O encontro reuniu integrantes do Exército, Ministério Público Federal e Estadual, Polícia Civil e Brigada Militar, Polícia Federal e PRF.

Infração

A PRF salienta, ainda, que bloqueio, interrupção ou perturbação deliberada do fluxo nas rodovias, mesmo que parcial, utilizando-se de veículo parado sobre a via, é infração gravíssima, passível de autuação no valor de R$ 5.869,40 e apreensão do veículo. Os organizadores da interrupção poderão ser multados em R$ 17.608.