O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal da Curitiba, condenou o ex-tesoureiro do PT e ex-deputado federal gaúcho Paulo Ferreira a nove anos e 10 meses de prisão, em sentença divulgada hoje, por lavagem de dinheiro e associação criminosa, entre outros crimes.
Também foram condenados Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, por corrupção passiva, e o ex-presidente da empresa OAS, José Aldemário Pinheiro, conhecido como Léo Pinheiro, por corrupção ativa, além de mais nove pessoas.
O processo é referente à 31ª fase da Lava Jato, denominada Operação Abismo. Segundo a denúncia, um consórcio integrado pela OAS e outras empreiteiras pagou R$ 39 milhões em propina, entre 2007 e 2012, para fraudar e superfaturar a licitação de construção do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello, da Petrobras.
A pena de Duque é de dois anos e oito meses em regime semiaberto, enquanto a de Léo Pinheiro de dois anos e seis meses em regime aberto. Ambos foram beneficiados pela redução de pena em função de terem participado de processos de delação premiada.
Outros empreiteiros, como o empresário Ricardo Pernambuco, da UTC Engenharia, também foram condenados, a nove anos e seis meses em regime fechado.
Na sentença, Moro voltou a defender as delações premiadas, instrumento que segundo ele foi fundamental para a elucidação do caso.