O Instituto Agronômico (IAC) irá lançar uma cultivar de feijão preto precoce na Agrishow 2018, que será realizada de 30 de abril a 4 de maio de 2018, em Ribeirão Preto, interior paulista. Com ciclo de 75 dias, o novo feijão é chamado IAC Veloz e traz essa importante característica para o setor. Esse perfil é raro no mercado nacional de feijão preto e deverá contribuir bastante para as regiões onde é feita a rotação da cultura com milho e soja. Esta necessidade ocorre no Mato Grosso e no Paraná. Nestes dois estados, a IAC Veloz apresentou ciclo de 75 e 80 dias, respectivamente.
A redução do período em que a planta permanece no campo faz muita diferença para o agricultor, sobretudo em áreas onde há uso de irrigação, segundo Alisson Fernando Chiorato, pesquisador do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Ele explica que, em geral, os ciclos são de 90 dias. “Essa redução do ciclo aumenta a janela de semeadura e de colheita, beneficiando o agricultor”, completa.
A produtividade da IAC Veloz é alta, atingindo a média de 2.725 quilos, por hectare, na época de semeadura das águas, 2.012 quilos, na da seca e 3.035 na do inverno, segundo o pesquisador. “O grão é preto achocolatado, exatamente como o mercado precisa que seja; após cozimento eles se mantêm inteiros e a casca é fina”, explica. Outra característica importante para o consumidor é o teor de proteína, que na IAC Veloz é de 21%.
A nova cultivar é resistente à antracnose e tolerante à murcha defusarium. Essas características proporcionam a redução do controle químico em torno de 20%. A planta tem porte ereto, o que facilita a colheita mecânica.
O feijão preto é produzido no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso e tem mercados consumidores no Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais.
As sementes da IAC Veloz estão em fase de produção no IAC, em Campinas, e estarão disponíveis no final de 2018.
O IAC já desenvolveu mais de dez cultivares de feijão preto. Atualmente mantém a IAC Netuno, lançado em 2017, e agora disponibilizará a IAC Veloz. A IAC Netuno está sendo cultivada na Bahia, onde há 4.000 hectares plantados, e também no Paraná e Santa Catarina.
(Assessoria de imprensa – IAC)