A família do DJ e produtor musical Avicii divulgou uma carta aberta nesta quinta falando sobre a morte do artista e dizendo que ele “queria encontrar a paz” e “não podia continuar”. O músico sueco, cujo nome verdadeiro era Tim Bergling, teve o corpo encontrado na última sexta-feira em Mascate, Omã, para onde havia viajado de férias com amigos.
“Ele realmente lutou com pensamentos sobre o significado da vida, da felicidade. Ele não podia continuar mais. Ele queria encontrar a paz”, escreveram os familiares no comunicado, visto pela Agence France-Press. Um porta voz do artista se recusou a confirmar se ele cometeu suicídio. Uma fonte policial em Omã disse que a morte não foi considerada suspeita, acrescentando que as circunstâncias permanecerão confidenciais a pedido da família.
Avicii nunca manteve em segredo os problemas de saúde, incluindo a pancreatite, desencadeada em parte pelo consumo excessivo de álcool ligado ao estilo de vida. Em 2016, surpreendeu os fãs ao anunciar a aposentadoria quando tinha apenas 26 anos, dizendo que queria deixar o estilo de vida de música eletrônica em alta velocidade.
“Quando ele parou de fazer turnê, ele queria encontrar um equilíbrio na vida para ser feliz e ser capaz de fazer o que ele mais amava – música”, comentou a família no comunicado. “Nosso amado Tim era um buscador, uma frágil alma artística em busca de respostas para questões existenciais”, prossegue o texto.
Na segunda-feira, os familiares de Avicii haviam emitido outra nota agradecendo “o apoio e as palavras amorosas sobre o nosso filho e irmão”. Eles também pediram para ter a privacidade respeitada em um “momento difícil”.
Leia a íntegra da carta divulgada nesta quinta”:
“Estocolmo, 26 de abril de 2018
Nosso amado Tim foi um buscador, uma frágil alma artística em busca de respostas para questões existenciais.
Um realizador perfeccionista que viajou e trabalhou duro em um ritmo que o levou ao estresse extremo.
Quando ele parou de fazer turnê, ele queria encontrar um equilíbrio na vida para ser feliz e ser capaz de fazer o que ele mais amava – a música. Ele realmente lutou com pensamentos sobre o significado da vida, da felicidade.
Ele não podia continuar mais.
Ele queria encontrar a paz.
Tim não foi feito para a máquina de negócios em que se encontrava; ele era um cara sensível que amava seus fãs, mas evitava os holofotes.
Tim, você será eternamente amado e uma perda tristemente sentida.
A pessoa que você era e sua música manterão sua memória viva.
Sua família”