Presidente da EPTC e prefeito da Capital são intimados a explicar reajuste da tarifa do BikePoa

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) determinou, a pedido do Ministério Público de Contas (MPC), que o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr, e o diretor-presidente da EPTC, Marcelo Soletti, sejam intimados a prestar esclarecimentos sobre os valores da tarifa do serviço de bicicletas compartilhadas Bike Poa em Porto Alegre. No despacho, a intimação determina que Soletti preste os esclarecimentos cabíveis, e que o prefeito, querendo, também apresente documentação justificando os valores. O prazo é de dois dais úteis, ou seja, até às 18h do dia 3 de abril.
O pedido partiu do procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC), Geraldo Da Camino, requereu na terça-feira ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) medida cautelar para suspensão do aumento de tarifa do BikePOA. No documento, Da Camino considera possíveis irregularidades nos novos valores, reajustados em 60% (de R$ 5 para R$ 8) no passe diário e em 100% no mensal (de R$ 10 para R$ 20), e novas modalidades não previstas em contrato entre a EPTC e a Tembici, responsável pela operação do sistema.
A determinação veio da conselheira substituta do TCE, Ana Warpechowski, relatora da representação do MPC que trata de possíveis irregularidades no reajuste.
Novo BikePoa
Em fevereiro, as primeiras 11 estações e 110 bicicletas do novo Bike Poa foram inauguradas em Porto Alegre após meses de espera e atrasos no cronograma de implantação. O sistema, que deve ser implementado na íntegra até o fim de abril, com 41 bicicletários e 410 “laranjinhas”, busca solucionar problemas de acesso aos equipamentos, no modelo anterior.
Uma das novidades é a possibilidade integração do Cartão TRI para poder utilizar as novas bikes. Ele funciona, contudo, apenas para a liberação dos veículos, já que a cobrança permanece sendo da conta do usuário. Para usar o TRI, no site de cadastro ao novo Bike Poa, o número do cartão deve ser informado.