Mulher é condenada a 37 anos e meio de prisão pelas mortes do marido e do filho em Canoas

Após mais de 10 horas de sessão, um júri popular considerou Elisângela Rius culpada pelas mortes e a ocultação dos cadáveres do marido e do filho. Os crimes foram cometidos em 2013, em Canoas.
Com o veredito, anunciado na noite desta terça-feira, a juíza Betina Mostardeiro Mühle de Constantino, da Vara do Júri da Comarca local, estabeleceu a pena de Elisângela em 37 anos e seis meses de reclusão e vinte dias-multa. O regime de cumprimento é o inicial fechado. A ré segue presa e não vai poder apelar em liberdade.
Crimes
Conforme a tese do Ministério Público, acolhida hoje pelos jurados, Elisângela matou o marido, Patrick Moraes Marques, de 27 anos, com um machado e, depois, ateou fogo ao corpo. A vítima teve o corpo encontrado no limite entre os municípios de Cachoeirinha e Canoas. Meses depois, Eduardo William Rius Mebius, de 16 anos, filho da ré, também teve o corpo encontrado queimado em Triunfo.
Na denúncia, o MP apontou que a mulher matou o companheiro por ciúmes, pelo fato de ele ter uma filha que Elisângela queria manter afastada do casal. Ainda de acordo com a acusação, o filho morreu porque vinha ameaçando a mãe de contar que ela havia matado Patrick.
Hoje, diante dos jurados, Elisângela negou os crimes e se apresentou como viúva, quando perguntada sobre o estado civil. Ela contou que tinha um relacionamento difícil com o filho, dizendo que era usuário de drogas e havia se envolvido com traficantes. Dezenove testemunhas foram ouvidas ao longo do processo.