Sete pessoas morreram em mais um tiroteio na favela da Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro, no início da manhã deste sábado. As vítimas chegaram a ser levadas para o Hospital Miguel Couto, mas não resistiram. Nenhum policial se feriu durante a operação. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil.
Na quarta-feira à noite, um policial militar e um morador haviam morrido durante outro confronto entre policiais e bandidos da comunidade.
Por meio de nota, a Polícia Militar informou que o Batalhão de Choque foi surpreendido por pessoas armadas e teve de reagir. Nas redes sociais, nas páginas como Favela da Rocinha e Rocinha Alerta, moradores dizem que as vítimas se renderam, mas, ainda assim, foram executadas pela Polícia.
Os relatos também dão conta que mais dois atingidos por balas conseguiram fugir a pé pela mata, escapando do cerco. A PM não comentou a denúncia.
A Rocinha, uma comunidade com cerca de 70 mil pessoas e uma das maiores favelas do país, teve a rede elétrica atingida e está sem luz. A Light, concessionária de energia, informou que, diante da insegurança, não pode enviar técnicos para restabelecer o fornecimento.
O suposto confronto com a PM ocorreu na rua 2 e na localidade conhecida como “Roupa Suja”. No local, foram encontrados pelos policiais sete pistolas, duas granadas e um fuzil.
A PM mantém patrulhamento reforçado na comunidade desde setembro de 2017, quando bandidos de facção criminosa rival à instalada na Rocinha tentaram retomar o controle da venda de drogas. Para auxiliar as polícias, cerca de mil agentes das Forças Armadas fizeram um cerco no local. Nenhum dos traficantes líderes do confronto foi preso, à época.