O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, confirmou as expectativas da grande maioria dos analistas do mercado e elevou nesta quarta-feira as taxas de juros de referência em 0,25%, passando do patamar de 1,5% para 1,75%. Além disso, o Fed ratificou a boa situação da economia do país, conforme informações da agência EFE. No Brasil e nas demais economias emergentes, a previsão é de que o dólar suba, em função da decisão.
Ao término da reunião de dois dias do banco sobre política monetária – a primeira sob o comando de Jerome Powell – o Fed realizou o primeiro aumento dos juros em 2018, um ano para o qual estão previstos mais três.
O Fed também revisou para cima as previsões de crescimento para a economia americana, que deve ficar em 2,7% neste ano, ou 0,2% a mais que o previsto em dezembro do ano passado. Para 2019, o novo cálculo é de 2,4%, três décimos percentuais acima das previsões de três meses atrás.
Em relação às previsões de desemprego, o banco central americano espera agora uma taxa de 3,8% para o final de 2018 e de 3,6% para o de 2019. Em dezembro do ano passado, as estimativas eram de 3,9% tanto para este ano como para o próximo.
Entenda o impacto da decisão
Juros mais altos nos Estados Unidos fazem com que os investidores vendam ações na bolsa de valores e comprem títulos do Tesouro norte-americano, considerados os papeis mais seguros do planeta.
Da mesma forma, as taxas maiores nos EUA contribuem para a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, para cobrir prejuízos em mercados de economia mais avançada.