O Ministério da Saúde ampliou, para todo o território nacional, a área de recomendação para vacinação contra febre amarela. O anúncio ocorreu hoje. Até agora, alguns estados da região Nordeste e parte do Sul e Sudeste não faziam parte da área de recomendação. Além disso, dos 23 estados dos quais a vacina fazia parte da rotina, nove tinham áreas parciais de recomendação. Com isso, algumas cidades seguiam fora da estratégia.
O ministro Ricardo Barros explicou que a ampliação é uma medida preventiva com o objetivo de antecipar a proteção contra a doença para toda a população para o caso de a área de circulação do vírus aumentar no próximo ciclo da doença.
Barros lembrou que, nos últimos dois anos, o número de mortes aumentou e que, por isso, foi pensada uma estratégia para evitar que o problema se repita no próximo ano. “Então, propusemos à Organização Mundial da Saúde e à Opas [Organização Pan-Americana da Saúde] a definição de que todo o território nacional passasse a ser área de vacinação permanente, tivemos a aprovação, e iniciaremos a estratégia para alcançar 90% de cobertura de vacinação contra febre amarela em toda a população brasileira, em todos os estados.”
A meta é vacinar 77,5 milhões de pessoas em todo o país até abril do ano que vem. Desse total, 40,9 milhões de pessoas nos estados do Rio de Janeiro, de São Paulo e da Bahia que estão entre os que tiveram maior número de casos confirmados nos últimos meses. Nessas regiões, a vacina vai ser fracionada, o que exige mais de uma dose. A ampliação também vai buscar vacinar 11,3 milhões de pessoas nos estados do Sul e 25,3 milhões nos do Nordeste. Nesse caso, as vacinas serão aplicadas em dose integral, sem que o paciente precise se vacinar de novo.
A estratégia de vacinação vai ser feita de forma gradativa. Os estados de São Paulo, do Rio de Janeiro e da Bahia serão os primeiros a estender a vacinação para todas as cidades.
Segundo a previsão do Ministério da Saúde, em julho, os estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul adotarão a vacina padrão em todos os municípios. O secretário de Vigilância em Saúde, Adeilson Loureiro, informou que o Ministério da Saúde já solicitou um aumento de doses da vacina ao laboratório que fabrica a dose, o Bio-Manguinhos/Fiocruz, e que o país dispõe de estoque suficiente para cumprir o planejamento feito.