Os servidores dos Correios entraram em greve nesta segunda-feira. A principal pauta de reivindicação é a manutenção do plano de saúde da categoria. Conforme a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), as mudanças preveem o pagamento das mensalidades pelos funcionários e a retirada de dependentes do contrato.
João Augusto de Moraes Gomes, secretário de Imprensa do Sindicato da Categoria no Rio Grande do Sul, salienta que o plano foi um acordo coletivo que vale até o dia 31 de julho. O início da greve coincide com o julgamento sobre o plano de saúde dos trabalhadores no Tribunal Superior do Trabalho (TST), que deve ocorrer hoje, às 13h30. Após o julgamento, os trabalhadores vão se reunir em assembleia para definir os rumos da greve.
Gomes prevê uma grande adesão à paralisação, o que deve influenciar no tempo de duração do movimento. Sobre os atrasos na entrega das correspondências, relatados pela população, o secretário expõe que há um déficit de 1300 funcionários no Estado, sendo que 300 são apenas na Região Metropolitano e Litoral, e isto é um dos fatores determinantes para o atraso nas entregas. A categoria acredita que um concurso público supriria a demanda. Atualmente, 6.300 profissionais prestam serviço aos Correios no Rio Grande do Sul.
Segundo a Fentect, a mobilização nacional da categoria foi aprovada em assembleias regionais e os trabalhadores também são contra as alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários; a terceirização na área de tratamento; a privatização da estatal; a suspensão das férias dos trabalhadores; a extinção do diferencial de mercado e a redução do salário da área administrativa.
