Prefeitura da Capital conta com mais de mil armadilhas de monitoramento do Aedes

Foto: Cristine Rochol/PMPA

Trinta e dois bairros da Capital passam a ter monitoramento.  Foto: Cristine Rochol/PMPA
Trinta e dois bairros da Capital passam a ter monitoramento. Foto: Cristine Rochol/PMPA

A equipe de Vigilância de Roedores e Vetores da Secretaria de Saúde de Porto Alegre inicia, nesta segunda-feira, a instalação de 70 armadilhas de monitoramento de mosquito Aedes aegypti adultos no bairro Restinga, no extremo sul da Capital. Com a expansão, Porto Alegre passa a contar com 1.005 armadilhas no sistema de monitoramento inteligente do Aedes aegypti em 32 bairros da cidade.
A chefe da equipe de Vigilância de Roedores e Vetores (EVRV), médica veterinária Rosa Maria Carvalho, explica que a expansão para a Restinga levou em consideração aspectos como a densidade populacional e o fato de o bairro situar-se no limite entre as zonas leste e sul da cidade. Com as armadilhas, a prefeitura poderá averiguar, semanalmente, o índice de infestação vetorial, em especial de fêmeas do Aedes aegypti na Restinga, além de monitorar eventual circulação viral das doenças veiculadas pelo mosquito na região. Todas as fêmeas de Aedes aegypti coletadas nas armadilhas de monitoramento são analisadas laboratorialmente para averiguar a presença de vírus da dengue, zika ou chikungunya no inseto.
A Restinga foi um dos bairros com transmissão autóctone (pessoas infectadas no local) em Porto Alegre em 2016, com 11 casos confirmados. De acordo com a chefe da EVRV, a série histórica de Porto Alegre indica que o bairro também possui características parecidas com os demais bairros onde houve transmissão autóctone em 2013 e 2016: mais casas do que edifícios, imóveis com pátios e quintal com árvores, por exemplo, explica Rosa Maria.
Não há previsão de prazo para encerramento do trabalho na Restinga. Para a instalação das armadilhas, agentes de combate a endemias e profissionais buscarão a parceria de moradores do bairro. A expectativa é cobrir a totalidade do bairro com as armadilhas, já que cada área tem abrangência de 250 metros. Todas as armadilhas da cidade estão localizadas em imóveis residenciais ou comerciais cujos proprietários concordaram em ceder o espaço e receber, semanalmente, a visita do agente de controle de endemias para vistoria das unidades. Atualmente, 21 agentes de combate a endemias vinculados ao Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) trabalham no setor, dos quais 16 exclusivamente na vistoria das armadilhas de monitoramento.