O Japão estuda repassar cerca de 300 milhões de ienes (US$ 2,8 milhões) à Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) se a Coreia do Norte voltar a aceitar que o órgão faça inspeções nas instalações nucleares do país.
Esta é uma das medidas avaliadas pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, caso a Coreia do Norte decida pela desnuclearização, revelou neste domingo a agência Kyodo, citando fontes do governo local.
O plano começou a ser avaliado por causa do anúncio do encontro entre o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os dois devem se reunir em maio para discutir a desnuclearização do regime norte-coreano.
Caso isso de fato ocorra, o Japão quer traçar, ao lado da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, um roteiro baseado nas negociações realizadas na última década. Também participaram do diálogo na época a China e a Rússia.
Esse roteiro previa o estabelecimento de pautas para a complexa missão de verificar o status das instalações norte-coreanas, das quais muitas ainda são desconhecidas, e não se sabe de fato o tamanho do arsenal do país.
A Aiea não tem acesso às instalações do regime de Kim Jong-un desde a expulsão de seus últimos inspetores no país, em abril de 2009.