O contrato de início das obras de revitalização do Cais Mauá, em Porto Alegre, foi assinado no final da manhã desta quinta-feira. Os trabalhos devem começar na próxima segunda-feira. O custo estimado da obra é de R$ 500 milhões e prevê mais de 3,2 mil metros de orla, com a colocação de uma ciclovia. A revitalização também conta com 11 mil metros quadrados de área verde e praças. A área total a ser recuperada é de 181 mil metros quadrados. O projeto, elaborado através da Parceria Público-Privada, tem três grandes setores de execução: armazéns, docas e gasômetro. A obra e os gastos ficarão a cargo do Consórcio Cais Mauá, que terá concessão de 25 anos. Não há contrapartida financeira do Estado.
Em sua fala, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr., agradeceu à empresa responsável pelas obras por não ter desistido apesar dos problemas recorrentes com a máquina pública e que está disponível para auxiliar na busca de financiamentos para a Capital e o Estado. “Contem com a gente não só como prefeito, mas como líder para buscar recursos junto com vocês para os investimentos na cidade de Porto Alegre e no Estado. Aguardo o agendamento imediatamente de uma reunião. Não sejam lerdos com é a máquina pública”, disse Marchezan.
O prefeito disse, ainda, que há na cidade um pequeno grupo ideológico que trava o progresso há décadas e que todos sabem as reformas que precisam ser feitas. “Todos sabem as reformas que precisam ser feitas nessa máquina emperrada, atrasada e retrógrada”.
O governador José Ivo Sartori salientou que a sociedade espera pelo Cais revitalizado há mais de 30 anos e esse é o exemplo do compromisso do governo dele e que não tem medo de realizar parcerias com a iniciativa privada. O governador ressaltou que o espaço será de uso público para toda a população.
“O Cais Mauá é um espaço público e permanecerá público. Nós precisamos refletir sobre qual tipo de espaço público nós queremos e de que forma pretendemos desfrutar desse patrimônio. Não podemos ser contrários ao desenvolvimento e à qualificação desse local, porque ele vai pertencer a toda a sociedade”, afirmou Sartori.
Na primeira fase do projeto serão revitalizados os armazéns do Cais. Em um segundo momento, entrarão as docas no programa de obras. O projeto estará concluído após a terceira fase, com as obras da área no entorno da Usina do Gasômetro.
