PMDB deve assumir controle de nomeações na gestão Sartori

Foto: Marcelo Camargo / Agência / Brasil / CP Memória

Deputado Alceu Moreira afirmou que partido analisa nomes para governo. Foto: Marcelo Camargo / Agência / Brasil / CP Memória
Deputado Alceu Moreira afirmou que partido analisa nomes para governo. Foto: Marcelo Camargo / Agência / Brasil / CP Memória

Com a proximidade do prazo para desincompatibilização de quem irá concorrer em outubro (7 de abril) e o afastamento dos partidos aliados que terão candidatos ao Piratini, o PMDB se prepara para avançar sobre os espaços no governo de José Ivo Sartori. A tendência, apontam lideranças peemedebistas, é de que o suporte ao governador se concentre nas mãos do partido nesta reta final da gestão. Do núcleo principal que acompanhou Sartori desde 2015, apenas o secretário Cleber Benvegnú, da Comunicação, deverá permanecer na Administração.
“Assim que chegam, as sugestões de nomes vão sendo repassadas ao governo para o aproveitamento de acordo com o perfil do indicado e a necessidade da administração”, explica o presidente do PMDB, deputado federal Alceu Moreira. As mudanças no governo deverão ocorrer cotidianamente. Suzana Kakuta, hoje no Badesul, deverá ser indicada para um cargo no primeiro escalão. A confirmação ainda deverá ser feita nos próximos dias.
O presidente do PMDB pondera, contudo, que é preciso sustentar as alianças mantendo proporcionalidade na relação de espaços com aqueles aliados que se mantiverem comprometidos com os projetos do governo. “Do PSDB saíram os secretário Lucas Redecker e Arthur Lemos (ambos ex-secretários de Minas e Energia). As demais pessoas permanecem. A boa relação com os aliados deve ser preservada”, aponta Moreira.
A posição defendida pelo presidente poderá dar a tônica das mudanças, ao menos, num primeiro momento, quando adjuntos poderão ficar como titulares. Isso ocorrerá, por exemplo, na Secretaria da Fazenda, onde o adjunto Luiz Antônio Bins substituirá Giovani Feltes (PMDB).

Áreas vitais não têm definição 

No entanto, outras áreas vitais do Executivo necessitarão de atenção. São os casos da Secretaria de Planejamento, ocupada pelo homem de confiança de Sartori, Carlos Búrigo (PMDB), e a Casa Civil, que teve o deputados federal Márcio Biolchi (PMDB) e estadual Fábio Branco (PMDB) como secretários.
Para ambas, não há definição anunciada, apesar da cogitação de nomes com peso político e reconhecida experiência para o trabalho de articulação, como o secretário de Segurança Cezar Schirmer (PMDB) e deputado estadual Ibsen Pinheiro (PMDB).
Ex-presidente do PMDB e da Assembleia, o deputado Edson Brum argumenta que o partido precisa assumir os espaços. “O PMDB deve ampliar os espaços com a saída de quem terá candidatura própria. Isso é natural na democracia. O que não pode ser considerado natural é fazer campanha contra o governo e ficar no governo”, sentencia.
Esta é a expectativa que cerca a despedida do PP, que já pediu a exoneração de todos os progressistas até dia 15, quando saem definitivamente os secretários Ernani Polo (Agricultura) e Pedro Westphalen (Transportes), além do presidente do IPE, Otomar Vivian. Polo e Westphalen farão dança das cadeiras nos próximos dias. Hoje eles reassumem seus cargos no governo, mas saem novamente na próxima segunda-feira para votar na Assembleia.