O governo do Estado deve encaminhar nos próximos dias à Assembleia Legislativa o projeto de reajuste do piso regional. O percentual deve ser o mesmo aplicado ao salário mínimo nacional para 2018, que ficou em 1,81%. No Rio Grande do Sul, o mínimo regional conta com cinco faixas, que atualmente variam de R$ 1.175,15 a R$ 1.489,24.
O reajuste é considerado baixo pelas centrais sindicais, que inicialmente reivindicavam índice de 5,5%, mas que recuou para 4,5%. Outra crítica das centrais sindicais é a demora do Piratini em enviar o projeto, já que a data base do reajuste é 1º de fevereiro. Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul (CUT-RS), Claudir Nespolo, o atraso gera danos na economia. “Já estamos fechando o mês de fevereiro e a Assembleia ainda tem que aprovar o projeto, essa lentidão está nos causando um problema. Vai aprovar quando? E o mês vai fechar e as empresas vão pagar sem o reajuste. Isso gera consequências para o salário dos trabalhadores e para o consumo, pois menos dinheiro circulando é ruim para todo mundo”, critica Nespolo.
Segundo informou a colunista do Correio do Povo, Taline Oppitz, a pedido das centrais sindicais, um grupo de deputados da base do governo Sartori tenta articular uma reunião para a próxima terça-feira com os secretários da Casa Civil, Fábio Branco, e geral de governo, Carlos Búrigo.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Rio Grande do Sul, Guiomar Vidor, defende que a discussão deveria ser ampliada antes do envio da proposta à AL. “Depois que o projeto chegar ao Legislativo, sabemos que será muito difícil alterá-lo”, avaliou.
Se o Piratini confirmar a proposta de reajuste de 1,81%, o mínimo regional variará de R$ 1196,42 a R$ 1516,19.