O presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis no Rio Grande do Sul, Adão Oliveira, ironizou a fala do presidente da República, Michel Temer, durante entrevista à Rádio Guaíba na manhã desta sexta-feira. Temer disse que considera uma “agressão ao consumidor” o fato de que as reduções no preço da gasolina não são repassadas aos consumidores.
Oliveira rebateu o chefe do executivo alegando que o Planalto reajustou o valor dos combustíveis várias vezes. “Eles aumentam dez vezes e depois diminuem uma vez, que é uma mixaria. Os postos estão repassando todas as alterações que vêm, porque nós estamos vinculados à oscilação do dólar e ao preço internacional do barril do petróleo”, explicou o presidente do Sindicato.
Em um levantamento próprio do Sindicato dos Revendedores, desde julho do ano passado, o governo aumentou o preço da gasolina 144 vezes, mas reduziu 24. Dessa forma, o preço da gasolina estaria defasado, segundo o dirigente. “Nós não conseguimos repassar todos os reajustes, porque o povo não aguenta. Não há condições de repassar ao consumidor todo o aumento que este governo já fez. Na verdade, estamos com uma defasagem de R$ 0,28 nas bombas. Um valor que não foi repassado aos consumidores e que foi praticado pelo governo”, explicou Oliveira.
Durante a entrevista, Michel Temer informou ainda que determinou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e à Polícia Federal uma fiscalização sobre o comportamento dos postos de combustíveis sobre o não repasse das reduções no preço da gasolina. Sobre a investigação, Adão Oliveira ironizou: “Não tem problema nenhum porque eles não vão encontrar irregularidades. A Polícia Federal vai até chorar um pouco de pena dos postos de gasolina que este governo está quebrando”.
Temer concedeu entrevista à Rádio Guaíba
O presidente Michel Temer concedeu entrevista ao vivo para a Rádio Guaíba na manhã desta sexta-feira. Ele afirmou que governo estuda medidas para reduzir o impacto do preço do gás de cozinha para a população de baixa renda, a serem anunciadas em breve. “Houve aumento no botijão do gás de cozinha e estou examinando uma fórmula de compensar esse aumento para os mais pobres porque é para eles que o gás de cozinha tem um efeito muito grade”, disse.
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