A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, terá mais 60 dias para concluir o inquérito sobre as crianças esquartejas em possível ritual macabro. O prazo final era segunda-feira, contudo a juíza Ângela Roberta Paps Dumerque, da Vara do Júri da Comarca de Novo Hamburgo, aceitou o pedido do delegado Rogério Baggio e prorrogou o prazo.
Na decisão da última segunda-feira, a juíza determinou a quebra de sigilo dos celulares e dos computadores dos envolvidos. Além disso, foi liberada busca e apreensão, com uso da substância luminol, que permite identificar a presença de sangue, mesmo após limpeza, no templo Lúcifer, local onde o ritual teria acontecido.
A Polícia Civil aguarda ainda resultados de exames e de perícias para concluir as investigações. Durante quatro meses, foi apurado que sete pessoas estariam envolvidas diretamente no esquartejamento dos irmãos por parte de mãe. O menino, de 8 a 10 anos, e a menina, entre 10 e 12, seriam argentinos e teriam sido trocados por um caminhão roubado.
A polícia apurou ainda que eles teriam sido sacrificados em possível ritual para atrair prosperidade. Dos suspeitos, quatro estão presos – sendo eles o “bruxo” que teria presidido o sacrifício, um dos encomendadores, seu filho e um outro homem.
Com a ampliação do prazo, a Polícia Civil terá até 15 de março para encerrar o inquérito.