Ministra do Uruguai descarta turismo canábico

A ministra de Turismo do Uruguai, Liliam Kechichian, afirmou que a pasta “nunca” vai interpretar como “ferramenta ou elemento para atrair pessoas” o fato de o país ter legalizado a produção e venda de maconha para o uso recreativo, informou neste domingo a imprensa local.
Em uma entrevista publicada hoje pelo jornal “El País”, a ministra descartou a possibilidade de o país explorar essa característica da mesma forma que Amsterdã, onde o turismo canábico está consolidado há muito tempo.
Segundo Liliam, a legalização da produção e comercialização de maconha no país – aprovada em dezembro de 2013, no governo de José Mujica (2010-2015) – é uma proposta que se relacionada à “luta contra o tráfico”, e não com outros aspectos da sociedade.
“Nós pretendemos combater o uso das drogas e não que seja um elemento de promoção de nenhuma coisa”, acrescentou.
Perguntada sobre o fato de muitos visitantes estrangeiros pesquisarem sobre como ter acesso à substância, a ministra apontou que o “decreto é bem claro” e que não foi complicado para o Ministério fazer os turistas entenderem que não podem comprar maconha legalmente no país, onde a produção e venda só é possível para cidadãos do Uruguai.
“Quando se sintetiza uma medida forte, como procurar um caminho alternativo para o combate ao tráfico de drogas, o estrangeiro acredita que podemos chegar a ser um país canábico. Ou que se pode fazer turismo canábico”, expressou Liliam.