O trânsito de Porto Alegre registrou, em 2017, redução geral na acidentalidade na comparação com 2016. O número de acidentes caiu 10% (12.337 a 13.772). Já o de feridos diminuiu 11% (5.339 a 6.052); e o de mortes, 2% (90 a 92). Esse também é o menor número de óbitos no trânsito dos últimos cinco anos (127 em 2013; 141 em 2014; 100 em 2015; 92 em 2016 e 90 em 2017). Entre as mortes de ciclistas, a queda chega a 75% (4 casos em 2017, contra 1, no ano passado).
Os números, divulgados pela Coordenação de Informações de Trânsito (CIT) da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), ainda mostraram que houve redução de 13% em acidentes com moto (2.694 a 3.126); menos 4% em acidentes com bicicleta (162 a 169); menos 11% em feridos com moto (2.669 a 3.012), e menos 19% em feridos por atropelamento (904 a 1.124).
Mesmo com a redução em acidentes e mortes, alguns números seguem preocupando: aumentou em 34% o número de mortes envolvendo usuários de moto (35 a 26); e em 4% as mortes por atropelamento (44 a 42).
De acordo com o levantamento do Detran, a frota de veículos em Porto Alegre cresceu 0,43% de 2016 para 2017 (829.539 a 833.123).
Excesso de velocidade e álcool ao volante aparecem em quase metade das ocorrências com morte
O diretor-presidente da EPTC, Marcelo Soletti, avaliou os dados de 2017 e projetou o foco das ações para os próximos meses: “Imprudência, excesso de velocidade, álcool ao volante são situações que iremos continuar focando nas nossas ações educativas e de fiscalização. Vamos procurar, também, reduzir os acidentes com motos e atropelamentos de pedestres, uma missão para toda a sociedade”.
Para Soletti, “o acidente é uma infração que não deu certo”. Só o excesso de velocidade e o uso de álcool ou drogas ilícitas aparecem em quase metade dos acidentes com morte. Como 19 dos 87 casos seguem em investigação, o número ainda pode aumentar.
A EPTC divulgou ainda ter encerrado 2017 com 855 ações educativas realizadas na cidade, atingindo diretamente 87 mil pessoas durante o ano passado.