
O presidente do Sistema Ocergs (Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul), Darci Pedro Hartmann, avaliou como positivo o ano de 2024 para o cooperativismo, apesar dos eventos climáticos recentes que atingiram o Estado, como enchentes e secas. A declaração ocorreu durante visita ao jornal Correio do Povo e à Rádio Guaíba, nesta terça-feira, para divulgar o balanço do desempenho das cooperativas referente ao ano passado, previsto para ocorrer dia 1º de julho.
De acordo com Hartmann, os números ainda não estão totalmente fechados, mas são surpreendentes levando em conta as dificuldades enfrentadas pelo setor. Segundo ele, diversas medidas contribuíram para alcançar o patamar satisfatório. “Um fator é a gestão profissional do sistema. O cooperativismo realmente hoje está se profissionalizando cada vez mais. Está buscando essa integração. Segundo lugar, a questão do pertencimento, onde o associado é o dono, ele investe, ele participa das discussões, ele participa da distribuição dos resultados. E terceiro lugar, eu entendo que seja esse modelo de desenvolvimento integrado na comunidade, pois o cooperativismo não só busca sobras para si, para seu associado, mas também trabalha nesse desenvolvimento integral na comunidade”, avaliou.
Ainda conforme o presidente, sobre os produtores rurais, o recurso de R$ 1,2 bilhões anunciado pelo governo federal foi fundamental para a resiliência dos agricultores, o que permitiu que muitos ficassem adimplentes e pudessem seguir exercendo a atividade econômica.
Para o futuro, o Sistema Ocergs projeta desafios ainda a serem enfrentados pelos cooperativados, como projetos para recuperação do solo e transição energética, mas o que o presidente Darci Hartmann considera como prioridade é a busca de alternativas para construir o futuro do Estado com viabilidade econômica.
O dia 5 de julho é considerado dia internacional do cooperativismo. O evento para divulgação dos números de 2024, na sede do Sistema em Porto Alegre abrirá o mês alusivo à data. Além disso estão previstas diversas atividades como, por exemplo, a visita de representantes da ONU para uma imersão pré-COP30, com o objetivo de conhecer cases de cooperativas gaúchas voltadas à sustentabilidade, no contexto das enchentes.
Fonte: Eduardo Souza / Rádio Guaíba