O volume de serviços no país variou 0,2% em abril de 2025 na comparação com o mês anterior, quando havia avançado 0,4%, e o mesmo resultado apresentado pelo setor no Rio Grande do Sul. Esse é o terceiro resultado positivo em sequência no país, com ganho acumulado de 1,5%. Frente a abril de 2024, o setor se expandiu 1,8%, 13ª taxa positiva consecutiva. A variação positiva no mês foi puxada, principalmente, pela atividade de transportes, que cresceu 0,5%.
O segmento no Rio Grande do Sul apresentou um recuo de -8,6% comparado com abril do ano passado, e também negativo, de -10,5% no acumulado dos primeiros quatro meses de 2025. Com o resultado de abril no país, o setor de serviços se encontra 0,2% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em outubro de 2024. Quanto ao patamar pré-pandemia, o volume total de serviços está 17,3% acima de fevereiro de 2020. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A atividade de transportes (0,5%) foi a única a apresentar desempenho positivo em abril. Foi o terceiro resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 2,8%. As demais tiveram resultados negativos. Outros serviços (-2,3%), que registrou a segunda queda consecutiva, teve perda acumulada de 2,6%. Os demais recuos vieram de profissionais, administrativos e complementares (-0,5%), informação e comunicação (-0,2%), e serviços prestados às famílias (-0,1%), com todos eliminando pequenas parcelas de ganhos acumulados em meses recentes: de 1,8%, no primeiro setor; de 3,9%, no segundo; e de 2,0%, no último.
“Em abril, o resultado positivo do setor de serviços (0,2%) se junta aos aumentos observados nos meses de fevereiro e março, acumulando alta de 1,5% nos últimos três meses. A trajetória recente do setor é impactada principalmente por uma melhora observada no setor de transportes, bem como um maior dinamismo dos serviços de tecnologia da informação e serviços técnico-profissionais”, destaca o analista da pesquisa, Luiz Almeida.
“O setor de transportes acumula alta de 2,8% nos últimos três meses. Esse maior dinamismo vem em consonância com uma safra mais robusta do que no ano passado, impactando na cadeia de transporte de insumos e produtos. No mês de abril, a alta se concentrou no transporte de passageiros, que cresceu 1,8%”, acrescenta.
No acumulado do primeiro quadrimestre deste ano, o volume de serviços teve expansão de 2,2% em relação ao mesmo período de 2024. Já o acumulado nos últimos 12 meses, ao avançar 2,7% em abril de 2025, mostrou desaceleração do ritmo de crescimento quando comparado a março (3,1%).
TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
Pela terceira vez seguida, o volume de transporte de passageiros no Brasil subiu, registrando 1,8% em abril, comparado ao mês anterior. O ganho acumulado no período chegou a 6,8%. O segmento se encontra, nesse mês de referência, 4,6% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 19,7% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).
O volume do transporte de cargas, por sua vez, caiu 0,3% em abril de 2025, após o ganho acumulado de 1,8% entre fevereiro e março. Assim, o segmento se situa 7,1% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em julho de 2023. Em relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 34,8% acima de fevereiro de 2020.
Em termos regionais, a maioria (18) das 27 unidades da federação assinalou expansão no volume de serviços em abril de 2025, na comparação com março do mesmo ano, acompanhando o ligeiro crescimento observado no resultado nacional (0,2%).
Os impactos mais importantes vieram de São Paulo (0,8%), seguido por Pernambuco (5,3%), Mato Grosso (2,8%) e Minas Gerais (0,6%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-3,2%), Bahia (-2,4%) e Goiás (-3,2%) foram responsáveis pelas principais contribuições negativas em abril.
Frente a abril de 2024, a expansão do volume de serviços no Brasil (1,8%) foi acompanhada por 19 das 27 unidades da federação. O estado com a maior contribuição positiva foi São Paulo (2,7%), seguido por Distrito Federal (8,9%), Santa Catarina (5,2%), Rio de Janeiro (1,3%) e Mato Grosso (5,8%) Em sentido oposto, Rio Grande do Sul (-8,6%) foi o destaque negativo do mês.