Uma mulher de 36 anos é suspeita de matar o próprio filho, um bebê de 11 meses, em São Pedro do Sul, na região Central do Estado. Ela foi presa preventivamente na tarde dessa quarta-feira, no bairro Santa Luiza. A morte de outros dois filhos dela também está sob investigação.
O bebê morreu no dia 29 de novembro de 2024. À época dos fatos, segundo a Polícia Civil, a mulher já era investigada por administrar remédios para que os filhos dormissem, em especial no caso da vítima.
De acordo com o delegado delegado Giovanni Lovato, que comanda a investigação, o corpo do bebê foi encaminhado para exame de necropsia, que apontou asfixia por broncoaspiração como causa da morte. Além disso, o laudo pericial do exame toxicológico identificou a presença de amitriptilina, um antidepressivo também usado para dormir, mas sem previsão de uso em crianças.
“O uso da amitriptilina provocou uma série de sintomas no bebê, que, em paralelo, passava por um quadro de gastroenterite há cinco dias. Na data em que morreu, a criança chegou pouco responsiva ao hospital e logo entrou em parada cardiorrespiratória. Com a conclusão do laudo, a suspeita inicial restou comprovada, demonstrando-se que o medicamento influenciou na morte do bebê”, afirmou o delegado Giovanni Lovato.
No curso do inquérito policial, foram ouvidos familiares e amigas da suspeita e uma Conselheira Tutelar. Todos eles testemunharam que a investigada costumava colocar os filhos, incluindo o bebê, para dormir e depois saía para festas.
Ainda segundo apuração policial, também foi constatado que a mulher tinha histórico de negligência com a saúde e a higiene dos filhos. Entre 2017 e 2018, outros dois filhos dela morreram antes dos quatro anos. Estes casos também estão sob investigação.
Como se isso não bastasse, uma filha, quando tinha dois anos, teve diversos episódios de convulsão, a ponto de o Hospital Universitário de Santa Maria, encaminhar a criança para investigação genética no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. No entanto, a mãe não compareceu para autorizar a continuidade do tratamento.