Prefeitos consideram insuficientes recursos para a saúde anunciados pelo governo do Estado

Decisão de iniciar negociações, no entanto, foi considerada acertada

Prefeitos da Região Metropolitana de Porto Alegre classificaram como acertado o anúncio do governador Eduardo Leite de repassar 112 milhões de reais para a saúde com a intenção de iniciar negociações. Eles, entretanto, consideram o valor insuficiente às necessidades do setor na região. As avaliações são resultado de reunião virtual realizada na manhã desta terça-feira pela Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal).

“Diante da urgência da situação, é fundamental que as negociações continuem permitindo a busca de soluções imediatas para o caos atual”, diz o presidente do Consórcio Granpal, Marcelo Maranata, um dos integrantes do encontro.

Já o prefeito de Taquari, André Brito, presidente da Granpal, argumenta que a Operação Inverno, proposta anteriormente pelo Governo do Estado, mostrou-se tímida, e essa nova suplementação orçamentária mantém o atendimento de saúde em estado crítico. “A abertura de 409 leitos, é um passo importante, mas não é suficiente e os recursos destinados ao custeio do conjunto de serviços prestados pelo sistema de saúde permanecem significativamente abaixo do necessário”, comenta Brito.

Além disso, os prefeitos desconhecem os detalhes da Portaria 497/2025 do Governo do Estado sobre essa questão, o que impossibilita uma avaliação mais aprofundada do tema. Da mesma forma, consideram inadequado a vinculação de futuros repasses a um acordo com o Ministério Público, pois essa correlação não diz respeito à Granpal.

Os dois prefeitos que representam a Região Metropolitana consideram positivo o fato de que o Estado tenha procurado caminhos para atender às reivindicações da Granpal, que representa mais de 4 milhões de gaúchos. Entretanto, dizem, há necessidade de uma solução sustentável, garantindo que os recursos constitucionais de 12% sejam efetivamente destinados ao orçamento da saúde pelo governo do Estado.