Com término previsto para 23 de junho, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Porto Alegre que investiga o incêndio em uma das unidades da Pousada Garoa deverá ter os seus trabalhos prorrogados.
O objetivo dos presidente e do relator, os vereadores Pedro Ruas (PSol) e Marcos Felipi (Cidadania), era concluir os trabalhos dentro dos 120 dias previstos no regimento, entretanto, revelações durante o depoimento privado da servidora fiscal de contrato, Patrícia Mônaco Schüler, na última quarta-feira, fizeram com que os parlamentares achassem necessário ouvir mais duas pessoas antes de concluir o relatório final. Patrícia é uma das três pessoas indiciadas pela Polícia Civil no caso da Garoa.
Serão chamadas a servidora Cristiane Marques, gestora de contratos, e a servidora Maristela de Menezes, fiscal de contratos. Ambas eram hierarquicamente superiores a Patrícia, ou seja: era a quem ela respondia e a quem ela afirmou ter entregue os seus relatórios. Inclusive com as denúncias de irregularidades e precariedades.
As duas foram chamadas para depor na próxima sessão da comissão, na segunda-feira, 9 de junho, mas podem se recusar a comparecer – assim como o dono das Pousadas Garoa, André Kologeski. Ruas, no entanto, reforça que o não comparecimento das testemunhas não as exime de serem responsabilizadas no relatório final.
Conforme regimento interno da Câmara, além dos 120 dias, a CPI pode ser prorrogada por mais 60 dias. Mas o relator, Marcos Felipi, afirmou que não será necessário todo o tempo da prorrogação.