Analista considera que maior produção interna de aço e alumínio é a maior ameaça

Corano lembra que Estados Unidos não são autossuficientes na produção de aço e alumínio

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Os Estados Unidos não são autossuficientes na produção de aço e alumínio. Em 2024, o volume produzido não foi suficiente para atender nem 80% do mercado: 23% de todo o aço consumido nos Estados Unidos foi importado. Já em relação ao alumínio, esse percentual é ainda pior, 50% de todo o alumínio que os Estados Unidos consomem são importados, predominantemente, do Canadá.

Os principais exportadores para os Estados Unidos, são justamente Canadá e Brasil, vindo na sequência México e Coreia do Sul. Conforme Bruno Corano, economista da Corano Capital, existe um único país que não vai ser afetado por essa taxa, que é a Inglaterra, em razão do acordo bilateral que foi firmado recentemente.

“Só que a Inglaterra não é um produtor de aço nem de alumínio. Assim, de uma forma geral, ela não vai significativamente se beneficiar disso. Já o Brasil vai ser taxado assim como os demais outros países. O maior concorrente dos exportadores de aço e alumínio vai ser o aumento da produção interna e não os outros países. Mas, com 25% ou 50% já passou a existir uma corrida para o aumento da produção interna, além da diminuição das compras, das importações. Esses 25% a mais são uma pressão maior para que esse aumento de produção interna aconteça rapidamente”, comenta Corano.