Lula sanciona reajuste para servidores federais com impacto fiscal de R$ 73,7 bilhões

Proposto pelo governo em abril, projeto foi enviado ao Congresso em regime de urgência constitucional

Presidente Lula sancionou reajuste dos servidores nesta terça Ricardo Stuckert / PR - 29.05.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta terça-feira (3) a lei que autoriza o reajuste salarial para servidores federais, cargos comissionados e funções de confiança.

Com impacto fiscal estimado em R$ 17,9 bilhões em 2025, R$ 26,7 bilhões em 2026 e R$ 29,1 bilhões em 2027, os reajustes variam conforme a categoria e seguem acordos firmados com diferentes segmentos do funcionalismo no ano passado.

Para as categorias que não firmaram acordo ou não participaram de negociações, o texto prevê aumento linear de 9% em 2025 e 9% em 2026. Devido ao atraso na aprovação do Orçamento deste ano, o reajuste começou a ser pago em maio, com efeitos retroativos a janeiro.

 

Cargos comissionados e funções de confiança

Os cargos de livre nomeação, como comissionados e funções de confiança, terão reajustes que variam de 9% (níveis mais baixos) a 69% (níveis mais altos) até 2026. Delegados em fim de carreira dos ex-territórios, por exemplo, terão aumento de 24% em dois anos.

Criação de novos cargos

A lei também cria dois novos cargos técnico-administrativos na área da educação:

  • Analista em Educação (nível superior): 6.060 vagas
  • Técnico em Educação (nível intermediário): 4.040 vagas

Além disso, foram criadas novas carreiras, como:

  • Desenvolvimento Socioeconômico
  • Desenvolvimento das Políticas de Justiça e Defesa
  • Fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários

Reforma administrativa

Durante a votação na Câmara, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu deixar parte da reestruturação de carreiras para ser debatida no âmbito da reforma administrativa.

Foram aprovadas apenas as reestruturações previstas no texto original do projeto. As sugestões adicionadas durante a tramitação ficaram para ser discutidas por um grupo de trabalho, formado por representantes de todos os partidos, com prazo de 45 dias para apresentar propostas.