O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro atingiu, em abril, R$19,0 trilhões (157,6% do PIB), com alta de 0,7% no mês, refletindo, principalmente, os acréscimos de 1,4% nos títulos públicos de dívida e de 0,7% nos empréstimos do Sistema Financeiro Nacional (SFN). No acumulado de 12 meses, o crédito ampliado cresceu 13,5%, com avanços de 13,9% nos títulos públicos de dívida e de 10,9% nos empréstimos do SFN. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 29, pelo Banco Central.
O crédito ampliado ao governo alcançou saldo de R$8,0 trilhões em abril (66,1% do PIB), com aumento de 1,3% no mês, ressaltando-se a elevação de 1,4% em títulos de dívida. Em 12 meses, crescimento de 13,3%, refletindo a elevação de 13,9% em títulos.
O crédito ampliado às empresas somou R$6,6 trilhões em abril (54,9% do PIB), com acréscimo de 0,1% no mês, ressaltando-se a elevação de 0,8% em empréstimos do SFN, e o recuo de 1,0% nos empréstimos externos, influenciado pela apreciação cambial de 1,42%. Em relação a abril de 2024, crescimento de 14,2%, resultado de elevações de 22,6% em títulos de dívida, de 11,0% nos empréstimos externos e de 8,7% nos empréstimos do SFN. O crédito ampliado às famílias situou-se em R$4,4 trilhões (36,6% do PIB), com expansões de 0,7% no mês e de 12,5% em doze meses, refletindo, basicamente, o desempenho dos empréstimos do SFN.
O saldo das operações de crédito do SFN avançou 0,7% em abril, totalizando R$6,6 trilhões. Esse avanço refletiu aumentos de 0,5% no crédito às empresas e de 0,8% no crédito às famílias, cujos saldos alcançaram R$2,5 trilhões e R$4,1 trilhões, respectivamente. Em doze meses, a expansão do crédito do SFN acelerou, com avanço de 11,5% em abril. ante 11,1% no mês anterior. Nas mesmas bases de comparação, o crédito às pessoas jurídicas cresceu 10,2% ante 8,8% no mês anterior, enquanto nas operações com pessoas físicas, incremento de 12,4% ante 12,5% em março.
CRÉDITO PARA AS FAMÍLIAS
O estoque das operações de crédito com recursos livres totalizou R$3,8 trilhões em abril, com expansão de 0,3% no mês e de 10,4% em 12 meses. O crédito livre para empresas recuou 0,5% no mês e avançou 7,6% em doze meses, somando R$1,6 trilhão. O desempenho no mês decorreu, basicamente, das reduções em desconto de duplicatas e outros recebíveis (-10,4%), após crescimento sazonal no mês anterior, e em capital de giro com prazo até 365 dias (-6,4%).
O crédito livre às famílias totalizou R$2,2 trilhões em abril, com avanços de 0,9% no mês e 12,5% em doze meses. O desempenho no mês mostrou-se bastante disseminado entre as principais modalidades, com destaque para as operações de crédito consignado para trabalhadores do setor privado, cujo saldo cresceu 7,4%), impulsionado pelas contratações do Crédito do Trabalhador, instituído pela Medida Provisória nº 1.292, de 12 de março de 2025 .
O estoque das operações de crédito com recursos direcionados somou R$2,8 trilhões em abril, com crescimentos de 1,1% no mês e de 13,0% em doze meses. Por segmento, o crédito direcionado às pessoas jurídicas e às pessoas físicas assinalou expansões mensais de 2,1% e 0,6% e de 14,8% e 12,2% em doze meses, respectivamente, com saldos de R$937,2 bilhões e R$1,9 trilhões, na mesma ordem.
As concessões de crédito do SFN atingiram R$639,9 bilhões em abril. Nas séries sazonalmente ajustadas, as concessões aumentaram 3,1% no mês, com incrementos de 12,5% nas operações pactuadas com as empresas e de 0,4% nas operações com as famílias. Nos doze meses acumulados até abril, as concessões nominais aumentaram 14,2%, com avanços de 17,8% nas operações com pessoas jurídicas e de 11,3% nas operações com pessoas físicas. As concessões nominais médias diárias recuaram 0,9% comparativamente ao mês anterior, ressaltando-se a ocorrência de um dia útil a mais em abril em relação a março.