Ofertas de debêntures incentivadas crescem 64% no quadrimestre, revela Anbima

Volume chega a R$ 55,2 bilhões e bate recorde

Foto: Marcello Casal Jr./ABr

As emissões de debêntures incentivadas pela lei 12.431 somaram R$ 55,2 bilhões no primeiro quadrimestre, com um crescimento de 64,0% na comparação com o mesmo intervalo no ano anterior. O volume é o maior já registrado para esse período na série histórica da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), iniciada em 2012. Considerando apenas abril, as empresas captaram R$ 9,2 bilhões, com uma redução de 33,3% ante igual mês de 2024.

“A demanda por essa classe de ativo continua muito forte, em boa parte explicado pela contínua captação positiva dos fundos incentivados. O nível atual dos juros também é visto como uma oportunidade de alocação para os investidores”, afirma Cristiano Cury, coordenador da Comissão de Renda Fixa da ANBIMA.

Na análise por setores, transporte e logística lidera com 41,7% das captações nos primeiros quatro meses do ano, seguido de energia elétrica (33,3%) e saneamento (13,1%). Já o prazo médio chegou a 15,8 anos, bem superior ao registrado entre janeiro e abril de 2024 (12,1 anos).

No mercado secundário, as negociações dos papéis com benefício fiscal atingiram R$ 25,3 bilhões em abril, levando o acumulado do ano a R$ 103,4 bilhões, montante 33,5% superior ao contabilizado no mesmo período do ano passado.

DEBÊNTURES 

As empresas captaram o valor recorde de R$ 202,0 bilhões no mercado de capitais no 1º quadrimestre puxado pelo desempenho das debêntures (com e sem benefício fiscal), que também alcançaram o maior volume já registrado para os quatro primeiros meses do ano: R$ 126,4 bilhões, com alta de 13,7% ante igual período em 2024.