Café, frango e legumes encarecem no Sul e em todas as regiões, diz Neogrid

Levantamento da Neogrid mostra que preço da ave subiu 1,2% entre março e abril deste ano

Crédito: Freepik

O frango, o café e os legumes foram alguns dos alimentos que mais pesaram no bolso do brasileiro entre março e abril deste ano. É o que revela o estudo “Variações de Preços: Brasil & Regiões”, realizado pela Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados que desenvolve soluções para a gestão da cadeia de consumo. Segundo o novo levantamento, o frango obteve alta média de 1,2% em abril deste ano na comparação com o mês anterior, impulsionado pela região sul, onde o preço subiu 4,7% no mesmo período. Já os legumes subiram 11,9% no país e só na região sul esse aumento foi de 15,7%.

Além da ave, outras categorias de alimentos registraram elevação nos preços no último mês. O café em pó e em grãos aumentou 6,1% em todo o país, especialmente nas regiões sudeste (6,8%) e sul (5,2%). O creme dental teve alta de 4,9%, com a região norte liderando a variação (14,4%), seguida pelo nordeste (10,8%). Enquanto isso, os legumes avançaram 11,9%no país – e o sul foi novamente a região com a maior variação no país (15,7%%).

os biscoitos e desinfetantes subiram, respectivamente, 2,5% e 1,8%, no Brasil, com oscilações mais moderadas, porém consistentes, em todas as regiões. Na análise mensal, os legumes apresentaram, entre março e abril de 2025, a maior variação de preço no Brasil com um salto de 11,9%, passando de R$ 5,56 para R$ 6,22. O café em pó e em grãos aumentou 6,1%, crescendo de R$ 67,39 para R$ 71,50. Outras categorias com altas significativas foram creme dental (4,9%), xampu (3,1%) e biscoito (2,5%).

ALTA DE PREÇOS

No acumulado deste ano até abril, café e ovo lideram os aumentos: o preço do primeiro saltou 32,7% (de R$ 53,90 para R$ 71,50), enquanto o dos ovos aumentou 26,7% (de R$ 0,91 para R$ 1,15). Na sequência, aparecem xampu (4,4%), refrigerante (2,2%) e leite em pó (2,1%). Os legumes apresentaram a maior elevação de preços no mês na região, com 15,7%, seguidos por café em pó e em grãos (5,2%), xampu (5,2%), frango (4,7%) e creme dental (3,9%). Por outro lado, recuaram os valores do arroz (3,7%), ovos (3,6%), farinha de mandioca (1,9%), óleo (1,5%) e feijão (1,5%).

“A expectativa para os ovos é que haja uma certa estabilização ou quedas moderadas de preços a partir de maio. No entanto, ainda é esperado que os valores permaneçam em patamares mais altos do que em 2024 devido a custos de produção e possíveis pressões de exportação”, analisa Anna Carolina Fercher, líder de Dados Estratégicos na Neogrid. “Já em relação ao café em pó, é possível que ocorra uma desaceleração no segundo semestre, mas o alívio só deve vir mesmo com a melhora da safra para 2026.”

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