O Badesul Desenvolvimento, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), concedeu R$ 284,4 milhões em crédito para ações de recuperação e resiliência climática após as enchentes que atingiram o Estado em maio de 2024. Os recursos foram destinados a 26 municípios, empresas de todos os portes, indústrias e produtores rurais, que utilizaram as linhas emergenciais da agência de fomento para retomarem suas atividades econômicas e investirem em infraestrutura mais resiliente.
“Contribuímos de forma significativa para a retomada do Estado após a tragédia ocorrida há um ano, sendo uma das instituições protagonistas do Plano Rio Grande do governo do Estado. O nosso foco é não apenas promover a recuperação, mas garantir que ela ocorra de forma sustentável, fortalecendo a resiliência das cidades frente aos eventos climáticos”, destaca o presidente do Badesul, Claudio Gastal.
Segundo o dirigente, além da concessão de crédito, foram prorrogados, por até doze meses, os prazos de pagamento de financiamentos para municípios e empresários afetados. Em muitos casos, para atender às necessidades específicas de cada região, as soluções foram construídas por meio de diálogos diretos com prefeitos. Do total de R$ 88 milhões em financiamentos emergenciais concedidos a 26 municípios, R$ 75 milhões foram destinados a obras de infraestrutura, dos quais cerca de R$ 30 milhões foram aplicados diretamente na recuperação de estruturas danificadas pelas enchentes.
AJUDA PARA EMPRESAS
As empresas, especialmente as de pequeno e médio porte, também sofreram impactos severos. Para esse público, o Badesul liberou R$ 46,4 milhões por meio das linhas do BNDES Emergencial e do Fungetur. Hotéis, pousadas e restaurantes localizados em áreas alagadas, principalmente na Região Metropolitana e na Serra, foram os principais beneficiados. A indústria também foi afetada pelos alagamentos, tendo recebido até o momento R$ 112 milhões por meio das linhas emergenciais do POE Renova, do Fungetur e do BNDES.
Os recursos foram disponibilizados, ainda, para o agronegócio, que teve aumento de 161% em valor de operações aprovadas no Plano Safra 2024/2025 em relação ao ao período 2023/2024. Ao todo, foram destinados R$ 38 milhões em crédito emergencial, visando à recuperação das atividades econômica de produtores rurais que perderam acima de 30% de suas lavouras devido as enchentes.
Além disso, foram realizados investimentos voltados à resiliência logística e climática, como a implantação de unidades de armazenagem próximas aos agricultores, bem como a recuperação da fertilidade e o controle da acidez de solos, o que representou um aumento recorde de R$ 281 milhões na demanda por crédito para essas finalidades, os quais estão atualmente em análise.