Um grupo de famílias atingidas pela enchente de maio de 2024, e hoje acolhidas no Centro Humanitário de Acolhimento (CHA) em Canoas conheceu as condições das habitações temporárias que serão disponibilizadas como alternativa de moradia. Os trabalhos tiveram início em fevereiro e a previsão é que as famílias entrem nas estruturas temporárias no próximo dia 17 de maio.
O amplo terreno, localizado no bairro Estância Velha, está recebendo toda a infraestrutura necessária para abrigar, provisoriamente, o total de 58 famílias com o encerramento das atividades do CHA no bairro Igara. As equipes de trabalho estão atuando nos últimos detalhes da limpeza do terreno e nas obras para viabilizar as ligações de abastecimento de energia elétrica e rede de esgoto.
Otília Rodrigues, de 62 anos, que é deficiente visual, e Edson Luís, 52 anos, se conheceram no refeitório do CHA e, hoje, vivem um relacionamento. Ambos reconhecem a importância da habitação, mesmo temporária, para o recomeço após a tragédia da enchente histórica. “Para nós que saímos da enchente sem nada é um passo importante”, disse Edson. “Eu senti e achei um bom lugar para ficarmos o tempo necessário”, disse Otília.
As construções possuem 27 metros quadrados; com sala, quarto, cozinha e banheiro, estarão devidamente mobiliadas e os móveis ficarão com os beneficiados.
“A gestão de quais as famílias que irão e a distribuição dentro das habitações temporárias estará a cargo da Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para as Migrações (OIM) em conjunto com o Governo do Estado. As habitações serão usadas de modo provisório até que sejam viabilizadas as casas definitivas no município”, explica secretário municipal de Habitação e Regularização Fundiária, Fabiano Siqueira.
As famílias com residências atingidas que hoje seguem no CHA, mas possuem laudo habitável de suas residências, ainda receberão mais 12 meses de aluguel social.