Dados elaborados pela Abicalçados, com base nos números do MTE, apontam que a indústria calçadista brasileira criou 979 novas vagas em março. O saldo do trimestre ficou positivo em 9,1 mil empregos, o que fez com que o setor encerrasse o período com um total de 291,3 mil postos diretos na atividade, 1,5% mais do que no ínterim correspondente de 2024.
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que, apesar da performance positiva, o cenário ainda é muito desafiador para o restante do ano. “Temos situações atípicas e que, certamente, afetarão esse número, para mais ou para menos”, avalia o dirigente, em referência à guerra tarifária entre Estados Unidos e China, que por um lado abre oportunidades no mercado estadunidense, mas que por outro vem provocando uma “desova” de calçados chineses no varejo brasileiro.
ESTADOS
O maior empregador do setor calçadista brasileiro segue sendo o Rio Grande do Sul, que no primeiro trimestre gerou 1,7 mil novos postos. O estoque total de emprego ficou em 82,6 mil empregos diretos, 3,8% menos do que no mesmo período de 2024. Na sequência, aparecem os estados do Ceará (que gerou 61 novos postos no trimestre e encerrou o período com estoque de 69,16 mil empregos, 6,9% mais do que no mesmo intervalo do ano passado), Bahia (que gerou 1,56 mil novas vagas no trimestre e encerrou o período estoque de 42,43 mil empregos diretos, 3,7% mais do que no mesmo intervalo de 2024) e São Paulo (que criou 2,36 mil novos postos no trimestre e encerrou o período com estoque de 32,76 mil empregos diretos, 2% mais do que no mesmo intervalo do ano passado).