Nesta quarta-feira, dia 7, o Instituto Caldeira vai sediar a conferência RS Mais Forte, evento realizado pelo hub em parceria com o Governo do Estado, RegeneraRS, Instituto Cultural Floresta, Federasul, BRDE e Meta. O evento marca o primeiro ano após uma das maiores catástrofes climáticas da história do Rio Grande do Sul – as enchentes que, em maio de 2024, afetaram severamente a capital e outras regiões do estado
A conferência será realizada das 14h às 20h, no prédio Guahyba, que integra a estrutura do Caldeira, localizado no Quarto Distrito – uma das áreas de Porto Alegre mais atingidas pelas enchentes. Com público estimado em mais de 600 pessoas, o encontro vai reunir autoridades, especialistas, representantes da sociedade civil e executivos do setor privado para avaliar as ações já implementadas, discutir medidas de prevenção e apresentar metas para um desenvolvimento urbano mais resiliente até 2030.
Durante a programação, serão apresentados os resultados das políticas públicas adotadas no último ano e os planos para os próximos 12 meses. Segundo Pedro Valério, diretor executivo do Instituto Caldeira, a conferência tem como objetivo reunir os principais responsáveis pela reconstrução do estado para dialogar diretamente com a comunidade.
“Estamos trazendo para a nossa casa as lideranças públicas envolvidas na resposta à catástrofe, para que prestem contas, compartilhem aprendizados e exponham as perspectivas para o futuro”, destaca. “Acreditamos e apostamos não só no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre, mas também no Quarto Distrito especificamente – inclusive estamos expandindo o espaço do Caldeira com o prédio das fábricas Guahyba. Por isso consideramos vital esse exercício de escuta e de construção coletiva.”
Além dos debates e apresentações institucionais, a programação inclui o lançamento do livro Nasce Um Novo Rio Grande do Sul, do fotógrafo Leonid Streliaev, uma exposição de fotos sobre as enchentes, e a exibição de documentários que registram a destruição causada pelas chuvas. Também está previsto um recital do maestro e pianista Álvaro Siviero, último artista a se apresentar no Instituto Caldeira antes das enchentes de maio de 2024.
CALDEIRA
Localizado no Quarto Distrito, uma das áreas de Porto Alegre mais atingidas pelas enchentes, o Instituto Caldeira sofreu prejuízos estimados em mais de R$ 35 milhões. A sede ficou parcialmente interditada, sendo reaberta em junho de 2024 com operações concentradas nos andares superiores.
Além da reconstrução física, o Caldeira se envolveu diretamente em iniciativas de apoio às famílias impactadas, como a Operação De Volta Para Casa, que destinou recursos para reestruturação de moradias de participantes do programa Geração Caldeira. Também articulou, junto a outros hubs de inovação no país, alternativas temporárias de trabalho para startups e residentes afetados. O primeiro andar do prédio foi reaberto em setembro, durante a realização da Semana Caldeira.
“Apesar dos danos materiais, o Caldeira reafirmou sua identidade como comunidade de inovação e solidariedade”, afirma Pedro Valério. “A realização da conferência é, para nós, um símbolo de que seguimos comprometidos com a reconstrução do Rio Grande do Sul – não apenas da sua infraestrutura, mas da sua capacidade de gerar oportunidades e inovação por meio da resiliência.”