Incerteza Econômica em alta com cenário externo turbulento, diz FGV

Indicador apresentou alta de 4,6 pontos em abril

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O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas sobe 4,6 pontos em abril, para 115,5 pontos. Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador recuou 0,5 ponto, para 112,4 pontos. A divulgação do resultado foi feita nesta quarta-feira, 30, pela FGV/Ibre. A alta do Indicador de Incerteza em abril foi motivada principalmente pelas incertezas globais relacionadas à política tarifária dos Estados Unidos e, mais especificamente, à guerra comercial desencadeada com a China.

“O componente de Mídia, subiu ao maior nível desde 2022, ao retratar as oscilações das tarifas que seriam aplicadas, os produtos afetados e a intensificação do conflito tarifário. O componente de Expectativas, por sua vez, registrou leve alta no mês, num movimento de acomodação após fortes quedas desde janeiro. O nível baixo deste indicador sinaliza haver certo consenso de mercado nas previsões para as variáveis macroeconômicas nos últimos meses. Com a alta do mês, o IIE-Br retorna à marca dos 115 pontos, nível de incerteza elevado”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.

O componente de Mídia do IIE-Br subiu 5,1 pontos em abril, para 119,9 pontos, contribuindo positivamente com 4,4 pontos para o índice agregado. O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, interrompe a sequência de três fortes quedas seguidas e sobe 0,4 ponto no mês, para 91,2 pontos, contribuindo de forma positiva com 0,2 ponto para o resultado do IIE-Br de abril.

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