Jovens sumiram ao entregar drogas na área de facção rival em Canoas, diz Polícia

Três suspeitos de participação no desaparecimento dos jovens foram presos em diligências da Polícia Civil e Brigada Militar no âmbito da Operação Amissus

Polícia Civil e Brigada Militar tentam solucionar desaparecimento de jovens em Canoas | Foto: Polícia Civil

Um emboscada é a principal linha da investigação sobre o desaparecimento de três jovens em Canoas, na Região Metropolitana, no dia 7 de abril. De acordo com a Polícia Civil, a suspeita é que as vítimas tenham sido atraídas por rivais enquanto faziam telentrega de drogas em uma área de facção. Na manhã desta terça-feira, três suspeitos de envolvimento no caso foram presos.

As prisões ocorreram no âmbito da Operação Amissus, que somou efetivos do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) e do 15° BPM. Os trabalhos foram efetuados em Canoas e na cidade de Braga, no Noroeste gaúcho, além da Penitenciária Estadual do Jacuí, em Charqueadas, onde o mandante do crime estaria recolhido.

As vítimas foram identificados como Carolina Oliveira de Lima, de 19 anos, Vitor Juan Santiago, 18 anos, e Pedro Henrique Di Benedito Rodrigues, 23. Os dois últimos somavam passagens por tráfico de drogas. A jovem não tinha antecedentes criminais.

De acordo com a delegada Graziela Zinelli, titular da Delegacia de Homicídios de Canoas, o trio teria deixado uma casa no bairro Guajuviras a bordo de um Fiat Punto na data dos fatos. Eles teriam guiado rumo ao bairro Mato Grande, onde fariam uma telentrega de drogas.

“As investigações apontam a possibilidade de que os três desaparecidos estavam realizando a entrega de drogas para uma organização de tele-entrega coordenada por um apenado”, explicou Graziela.

A delegada ainda citou que os presos na manhã de hoje serão interrogados para dar andamento as investigações. Ela afirma que a investigação começou no dia 8 de abril, quando familiares noticiaram o desaparecimento das vítimas. Foram tomadas as medidas do protocolo de desaparecidos do DHPP, como verificação de redes sociais, quebras de sigilo e apurações de rua.

O carro que os jovens tripulavam foi abandonado em Porto Alegre, mas as vítimas ainda não foram localizadas. A polícia segue em busca de mais informações sobre o paradeiro dos jovens.